2020-4-06
Há dois estados dos EUA que estão a questionar o Zoom quanto às suas práticas de privacidade depois de várias notícias que questionam estas práticas, assim como as de segurança, da aplicação de videoconferência
Pelo menos dois estados dos EUA estão à procura de informações por parte da Zoom Video Communications após várias notícias que questionam a privacidade e a segurança da aplicação de videoconferência. A popularidade do Zoom aumentou à medida que os funcionários das empresas, escolas e de outras organizações em todo o mundo trabalham a partir de casa devido a restrições impostas por vários Governos numa tentativa de retardara propagação do COVID-19, ou Coronavírus. “Estamos alarmados com os incidentes de ‘Zoom-bombing’ e estamos à procura de mais informações por parte da empresa sobre as suas medidas de privacidade e segurança em coordenação com outros procuradores-gerais do estado", explicou o procurador-geral do estado do Connecticut, William Tong, citado pela Reuters. O escritório de Boston do FBI alertou os utilizadores do Zoom para não tornar públicas as reuniões no site ou partilhar links depois de receber dois relatos de indivíduos não identificados a invadir as sessões da escola, um fenómeno que ficou conhecido como ‘Zoom-bombing’. A procuradora-geral do estado de Nova Iorque, Letitia James, enviou uma carta à Zoom com várias perguntas para garantir que a empresa está a tomar as medidas apropriadas para garantir a privacidade e a segurança dos utilizadores. Já algumas empresas começaram a proibir a utilização do software. A SpaceX, de Elon Musk, proibiu os seus funcionários de utilizar a aplicação citando “preocupações significativas de privacidade e segurança”. “Cometemos alguns erros”Numa entrevista à CNN neste domingo, Eric S. Yuan, CEO da Zoom, abordou alguns dos recentes de segurança da empresa. “Mudámos rápido demais... e tivemos alguns erros”, admite o CEO, explicando que a empresa aprendeu as “lições e recuamos um passo para focar na privacidade e segurança”. Anteriormente, Yuan tinha dito ao Wall Street Journal que “realmente estragou tudo como CEO” e que sentia “uma obrigação de recuperar a confiança dos utilizadores”. O mea culpa de Yuan chegou depois de algumas semanas tumultuosas para a plataforma de videoconferência. O Zoom viu a sua utilização aumentar drasticamente, tendo alcançado os 200 milhões de participantes diários em março; em comparação, em dezembro de 2019, o número era de apenas dez milhões. |