2015-7-14

BIZ

Seguradoras portuguesas têm maturidades tecnológicas diferentes

Segundo Gil Salema da Costa, CIO da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), à CIONET, as empresas desta área estão em estágios muito diferentes a nível de implementação de tecnologia

Seguradoras portuguesas têm maturidades tecnológicas diferentes

Gil Salema da Costa, CIO da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), realça que a área dos seguros em Portugal, numa perspetiva de tecnologia, vive maturidades diferentes. Numa consulta feita pela CIOnet, o responsável máximo da tecnologia da ASF sublinha que existem companhias a pensar em unificar e rentabilizar sistemas e estruturas resultantes de fusões recentes ou em migrar sistemas core para plataformas mais recentes, mais completas, mais abertas e ágeis. No entanto, continua, algumas “estarão ainda preocupadas em melhorar experiências de utilização com o objetivo de facilitar a aquisição de produtos complexos, diretamente ou através das redes que possuem, e outras a ponderar o equilíbrio da utilização de outsourcing razoável versus o insourcing indispensável, com o objetivo de melhorar custos de eficiência das suas TI”. “E todas terão o Solvência II e a qualidade dos dados como desafio para resolver a curto prazo”, rematou.

Nesta mesma consulta, Gil Salema da Costa realça ainda a importância de as empresas continuarem a olhar a médio e longo prazo de forma a antecipar e beneficiar de alguns dos desafios que se aproximam, alguns de forma muito rápida, como por exemplo, a Internet of Things (IoT), os sistemas de informação geográfica (GIS) e o Big Data, pelos benefícios que podem trazer em termos de modelos preditivos no suporte à decisão e no desenho e otimização de produtos”.

Do ponto de vista da inovação tecnológica, Gil Salema da Costa considera que apesar da familiaridade e proximidade dos seguros com a banca, o sector que mais impacta os seguros é definitivamente o da saúde. Não só pela revolução que se adivinha com a manipulação genética e controlo do genoma, mas também através da miniaturização de sensores capazes de capturar informação médica a um nível nunca imaginado, o que vai trazer grandes avanços para o conhecimento nesta área e para a prevenção da saúde. “São desafios apaixonantes e com um impacto enorme nos seguros, do princípio ao fim”, salienta o CIO.

Questionado sobre os conselhos que daria a alguém que tenha aceite recentemente o desafio de ser CIO de uma seguradora, Gil Salema da Costa, começa por referir que “é cada vez mais claro que o “I” de Information tem de passar a ser “I” de Integration”. “A gestão da informação por si só já traz aliciantes e enormes desafios, e os benefícios que as tecnologias de informação podem aportar estão longe de estar maduros”, aponta. E no caso particular de uma seguradora, “basta pensar nos desafios que a IoT e o Big Data comportam para que isto seja inquestionável”.

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