2015-7-28

BIZ

São mais as empresas portuguesas de TI que pretendem aumentar o número de colaboradores do que as que pretendem diminuir

Segundo um estudo realizado pela consultora Mercer, em Portugal, 64% das empresas de Hi-Tech e telecomunicações têm intenção de manter o seu atual número de colaboradores. As empresas que preveem ampliar o seu efetivo de colaboradores superam as que têm a intenção de o diminuir

São mais as empresas portuguesas de TI que pretendem aumentar o número de colaboradores do que as que pretendem diminuir

O estudo, intitulado Total Compensation Hi-Tech/Telecommunications Portugal 2015, foi realizado pela consultora Mercer, tendo inquirido 12 mil colaboradores em 34 empresas presentes no mercado português (56% multinacionais e 44% nacionais privadas). Este ano, tal como aconteceu o ano passado, o número de empresas que preveem aumentar o seu conjunto de colaboradores (29%) é superior ao que preveem diminuir (7%). No entanto, analisando a questão dos aumentos salariais, verifica-se que apesar de continuarem a existir aumentos em todos os grupos funcionais, este aumento será menor em relação ao verificado o ano passado.

“Atualmente, os incrementos salariais encontram-se mais alinhados e consistentes a nível geográfico, por setores de atividade e por níveis funcionais. Este comportamento é induzido por um nível histórico de inflação baixa, sustentada por políticas monetárias comuns, controladas de forma rigorosa pelas Instituições da União Europeia. No que se refere a incrementos salariais por grupos funcionais em Portugal (Quadros de Direção, Chefias Intermédias, Quadros Técnicos e Administrativos) tem-se observado que, dentro das organizações, tendem a tornar-se cada vez mais uniformes e indiferenciados, fator que surge em linha com as tendências gerais do mercado”, sublinha Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer Iberia

O conceito de “diferenciar o aumento”, que se traduz na separação entre aumento geral (taxa de inflação) e aumento individual, é seguido pela maioria das empresas analisadas, de modo a recompensar o desempenho.

No período das revisões salariais, a percentagem de incremento atribuída aos colaboradores é determinada por um conjunto de fatores que influenciam diretamente o valor disponibilizado para esse fim. Assim sendo, os Resultados da Organização surge como fator mais preponderante na atribuição de incrementos salariais (93%). Em segundo lugar observa-se a Inflação, com 68% e em terceiro temos o Desempenho Individual com 61%. A Antiguidade e o Nível Funcional são os fatores que menos influenciam a atribuição do incremento salarial.

Quanto ao mês em que as organizações mais reveem os salários dos seus colaboradores, a maioria dos inquiridos responde não ter um mês definido (34%). No entanto, é de ressalvar o mês de Janeiro, que registou 24% das preferências dos restantes participantes, como o mês mais forte na revisão salarial, seguido de Abril, com 14% e Março com 10%.

Comparativamente a 2014 verifica-se que os incrementos salariais registados em 2015 sofrerão uma diminuição em todos os grupos funcionais, à exceção da categoria “Professional Sales”.

Por outro lado, 93% das empresas da amostra analisada atribuem um Bónus a todos os seus colaboradores com uma periodicidade anual e 72% atribuem um Bónus de Incentivo de Vendas aos seus colaboradores na Área Comercial, com uma periodicidade trimestral ou mensal.

A atribuição de Incentivos de Longo Prazo ainda não constitui uma prática generalizada, sendo apenas utilizada por 23% das empresas participantes. Das empresas que atribuem este tipo de benefícios, estes são tanto mais frequentes quanto maior o nível de responsabilidade associado às funções em causa.

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