2017-11-20
O recente Inquérito sobre Cultura Open Source 2017 da Red Hat chegou a diversas conclusões sobre a alteração de mentalidades no funcionamento interno das empresas em resposta à digitalização
A Red Hat revela os resultados de um inquérito em torno da cultura open source, ao nível da colaboração, transparência e meritocracia, e de que forma as empresas acreditam que a mudança organizacional é importante. O ambiente empresarial tem sofrido alterações rápidas, em parte devido a avanços na tecnologia digital que estão a afectar o modo como fazemos negócios, o modo como prestamos serviços e o modo como nos relacionamos uns com os outros. Embora seja fácil ver como a tecnologia digital mudou a forma como trabalhamos, a necessidade de transformar a cultura, os valores e as práticas também está em crescimento. Divulgado agora, o inquérito chegou a várias conclusões acerca da alteração de mentalidades e prioridades no que toca à forma como funcionam as organizações dos inquiridos, uma reação ao desenvolvimento do ambiente empresarial e às novas tecnologias disponíveis. Também mostrou que, embora a colaboração e a transparência sejam prioridades de topo para uma cultura aberta na opinião dos inquiridos, existem obstáculos que é fundamental ultrapassar para alcançar uma verdadeira mudança, como os sistemas legados, a tecnologia desatualizada e as equipas isoladas. A maioria dos inquiridos (91%) concordam que os desenvolvimentos na tecnologia estão a mudar o modo como as organizações do seu setor têm de funcionar para obter sucesso e que, como tal, o negócio será totalmente diferente nos próximos anos. A maioria das organizações inquiridas já está a implementar planos de alteração da gestão (52%) ou já desenvolveu tais planos, mas ainda não os iniciou (10%). Quando questionadas sobre se planeiam efectuar alterações significativas ao modo como as pessoas trabalham em conjunto, as inquiridas partilharam que planeiam fazer mudanças nos próximos 6 meses (30%), no próximo ano (23%), e nos próximos 2 a 3 anos (14%). Nesses planos de alteração da gestão, as TI são a principal prioridade. Uma grande maioria dos inquiridos identificou as TI como a principal área em que já tentaram ou vão tentar mudar a cultura (84%). Outras áreas chave são os recursos humanos (24%), a formação de líderes (23%), a contabilidade (12%) e o marketing (12%). Os inquiridos consideraram a transparência como extremamente importante (29%) ou muito importante (45%). Segue-se a colaboração, com os inquiridos a considerarem-na extremamente importante (35%) ou muito importante (33%). Depois surge a comunidade, com 24% a verem-na como extremamente importante e 40% a classificarem-na de muito importante, e a adaptabilidade com 26% a olharem para ela como extremamente importante e 38% como muito importante. Finalmente, a inclusão teve 18% a avaliarem-na como extremamente importante e 36% a referirem que é muito importante. Apesar de as empresas verem o valor do caminho open source, há barreiras à mudança cultural, 81% dos responsáveis concorda que ter uma cultura organizacional aberta é importante para a sua empresa. No entanto, apenas 67% dos inquiridos diz que a sua organização tem os recursos necessários para construir uma cultura aberta. Os sistemas legados e a tecnologia desactualizada estão a criar barreiras à mudança. Mais de metade dos inquiridos (59%) identificam este como um dos principais desafios das organizações quando implementam mudanças de cultura, a par do isolamento de departamentos/equipas (54%) e de questões orçamentais (51%). Outros desafios incluem a estrutura de gestão hierárquica (43%), a falta de adesão dos colaboradores (33%) e a relutância em partilhar conhecimento e dados (25%). A organização do futuro está assente na colaboração e na comunicação aberta. Promover um ambiente de trabalho mais colaborativo (54%) e encorajar o diálogo aberto e o feedback em todos os níveis e departamentos (46%) são as principais alterações que os inquiridos já estão a levar a cabo ou planeiam fazer. Os responsáveis inquiridos também estão a planear melhorar a transparência dos dados e das comunicações internas (38%), repensar as práticas e estruturas de gestão (31%) e reavaliar a missão e os objectivos da organização (22%) para trazer maior abertura às suas culturas organizacionais. |