2021-7-21

BIZ

Recuperação da pandemia potencia vendas de smartphones até 12%

Xiaomi obteve o crescimento mais significativo com as remessas enviadas para a América Latina a aumentar 300%

Recuperação da pandemia potencia vendas de smartphones até 12%

 

“À medida que cresce, evolui”, afirma Bem Stanton, Research Manager da Canalys, em relação aos resultados de vendas da Xiaomi, no segundo trimestre de 2021. Os novos dados da Canalys explicam que com a reabertura da sociedade e um certo retorno à normalidade, a recuperação pós-pandémica potenciou as vendas de telemóveis, com as remessas de smartphones a crescerem 12%, a nível global.

A Samsung ocupa o primeiro lugar do pódio, com uma parcela de 19% dos smartphones expedidos. Contudo, a maior revelação foi a Xiaomi, que pela primeira vez alcançou o segundo lugar, com uma percentagem de 17%. “A Xiaomi está a crescer os negócios internacionais rapidamente”, disse Stanton, acrescentando que “por exemplo, as remessas aumentaram mais de 300% na América Latina, 150% em África e 50% na Europa Ocidental”. A Apple ficou com o bronze, com 14%, enquanto as indianas Vivo e Oppo mantêm um forte crescimento que completa o Top 5.

Vendas e crescimento mundial de smartphones - Q2 2021

Fabricante Vendas Q2 2021 (quota de mercado) Crescimento anual
Samsung 19% +15%
Xiaomi 17% +83%
Apple 14% +1%
Oppo 10% +28%
Vivo 10% +27%

Nota: as percentagens podem não somar a 100% devido a arredondamentos.
Fonte: Canalys estimates (sell-in shipments), Smartphone Analysis, Julho 2021

 

“Agora está a transformar o modelo de negócio de desafiante a incumbente, com iniciativas como a consolidação do Canal de Parceiros e uma gestão mais cuidadosa de ações antigas no mercado aberto. A marca está bastante voltada para o mercado de massa, no entanto, e em comparação com a Samsung e a Apple, o seu preço médio de venda é cerca de 40% e 75% mais baixo, respetivamente”, conclui o representante da Canalys.

Nesse sentido, Stanton reconhece que “uma das principais prioridades da Xiaomi neste ano é aumentar as vendas de dispositivos de última geração, como o Mi 11 Ultra. Mas será uma batalha difícil, com Oppo e Vivo a partilharem do mesmo objetivo, com ambos dispostos a gastar em marketing de ponta para estabelecer as suas marcas de uma forma que a Xiaomi não está. Todos os fornecedores estão a lutar para garantir o fornecimento de componentes, face à atual escassez global, mas a Xiaomi já tem os olhos postos no próximo prémio: substituir a Samsung para se tornar na maior fornecedora do mundo”.

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