2021-11-23
Estudo da Capgemini coloca Portugal na lista dos dez países que mais se destacam na digitalização dos serviços públicos na Europa
A Capgemini lançou o eGovernment Benchmark 2021, o seu estudo anual que fornece à Comissão Europeia uma visão geral sobre o nível dos serviços de e-Government na Europa. Os resultados revelam que a pandemia criou alguma turbulência, mas também pressionou os governos europeus a mudarem, incluindo na forma como os serviços públicos são prestados. O estudo, liderado pela Capgemini e realizado em conjunto com a IDC e o Politecnico di Milano, destaca ainda que são necessários investimentos contínuos e mudanças organizacionais para acelerar a transição para a nova era do eGovernment na Europa. A 18.ª edição do eGovernment Benchmark revela também qual o estado da transformação digital das administrações públicas europeias. O estudo de 2021 inclui detalhes sobre a disponibilidade e a qualidade dos serviços digitais em várias áreas da vida das empresas e dos cidadãos, tendo em conta as diferentes componentes digitais. A situação pandémica provocada pelo COVID-19 mostrou a necessidade de migrar os serviços do offline para o online quando as interações presenciais foram suspensas. O estudo, que avaliou mais de sete mil páginas web de 36 países europeus, conclui que mais de oito em cada dez dos serviços públicos que foram avaliados (81%) estão agora disponíveis online. O estudo lista também os 12 países europeus que mais se destacam no desempenho do eGovernment na Europa, sendo que Portugal está em lugar destacado entre os primeiros desta lista (oitavo lugar). A saber: Malta - 96%; Estónia - 92%; Dinamarca - 85%; Finlândia - 85%; Áustria - 84%; Islândia - 84%; Luxemburgo - 84%; Portugal - 82%; Holanda- 82%; Letónia - 82%; Noruega - 81%; e Lituânia - 81%. De acordo com o estudo, os países europeus destacam-se particularmente nos serviços online: a maioria dos serviços são facilmente acessíveis através de um portal, quase nove em cada dez sites estão adaptados para permitir a sua utilização em dispositivos móveis (88% na Europa contra 76% há um ano e 68% há dois anos), o suporte ao utilizador está muitas vezes disponível e os formatos são compatíveis com os dispositivos móveis em quase nove em cada dez websites (88%). Este rácio aumenta para os 92% em França. No entanto, urge tomar medidas para que ninguém seja privado dos benefícios disponibilizados por estes serviços digitais. Além disso, apenas 16% dos websites analisados cumprem os critérios de acessibilidade exigidos. Marc Reinhardt, Head of Public Sector & Health da Capgemini, refere, em comunicado, que “o Benchmark do e-Government 2021 revela que os governos em toda a Europa fizeram progressos consideráveis na digitalização da prestação de serviços públicos, demonstrando com sucesso a sua capacidade de prestarem serviços online adaptados à crise global que emergiu na sequência da pandemia. Embora tenham sido tomadas várias medidas por parte dos governos, para acelerar a transição dos serviços do offline para o online, o estudo mostra que o incremento da oferta não significa necessária e automaticamente que a sua utilização tenha aumentado, nem o nível de satisfação ou de inclusão. Os governos terão de se esforçar para desenvolver a sua estratégia de digitalização tendo em conta estas três dimensões, para garantirem que os cidadãos reconhecem valor real e permanente no eGovernment e que ninguém é excluído”. |