2018-2-14
Segundo um estudo da Ricoh, 86% das PME apontam como prioridade a melhoria da agilidade empresarial através das novas tecnologias. Mais de metade das PME acreditam que, sem a renovação tecnológica, podem fracassar dentro de cinco anos.
Um estudo da Ricoh, realizado a partir de um inquérito a 1.600 PME europeias, demonstra que, em Portugal, 86% das empresas estão focadas na melhoria da agilidade empresarial e a investir, tendo em conta esta finalidade, na adoção de tecnologias de automação, análise de dados, gestão de documentos e em sistemas de videoconferência. Estas tecnologias são apontadas como tendo o impacto mais positivo, por parte das PME portuguesas. Metade dos inquiridos na Europa (51%) estão a introduzir de forma específica novas tecnologias no trabalho, de forma a responder com maior brevidade às tendências e oportunidades - Portugal está, neste ponto, acima da média, com cerca de 60%. Estes são os resultados do último estudo sobre o lugar de trabalho digital realizado pela Ricoh a 1608 diretores de PME de toda a Europa, dos quais 77 portugueses. A maioria (86%) dos diretores das PME europeias afirmam estar focados na melhoria da agilidade empresarial - em Portugal, perto de 82% das empresas manifestam essa preocupação. Para 52% das PME europeias, o facto de as tecnologias não serem renovadas nem adaptadas às necessidades atuais poderá levar a um fracasso no local de trabalho no prazo máximo de 5 anos. Em Portugal a percentagem é um pouco mais elevada, com 61% dos inquiridos a concordarem com esta projeção. Os decisores das PME dão prioridade à tecnologia que aborda diretamente as necessidades básicas dos colaboradores. No caso concreto das PME portuguesas, estas consideram que a automatização (69%), a análise de dados (70%), a gestão de documentos (74%) e os sistemas de videoconferência (65%) são os aspetos que terão um impacto mais positivo na empresa. A necessidade dar dar impulso à produtividade e à inovação leva à adoção de novas tecnologias no local de trabalho: 68% dos inquiridos portugueses situam a tecnologia no centro da capacidade da sua organização, o que indica a importância que as PME dão ao tema. Os departamentos que consideram prioritária a introdução de novas tecnologias são o departamento de Finanças (57%), Marketing (49%) e Operações (41%).
Três fatores que ‘travam’ as PME europeiasSegundo o estudo da Ricoh, há três fatores que impedem o desenvolvimento tecnológico das PME. O primeiro é a rigidez dos processos regulamentares que têm que enfrentar. Quase dois em cada cinco diretores das PME europeias afirmam que os governos que regulam a indústria atuam como uma barreira em numerosas ocasiões. O excesso de precaução leva, assim, a prestar-se menos atenção aos processos internos, segundo afirmam os diretores das PME - 73% dos inquiridos esquecem-se de falar dos seus processos internos ao mencionar os elementos que consideram importantes para melhorar a sua agilidade, algo que corre o risco de se converter num ponto negativo dentro das empresas. Outro fator chave é a hierarquia dentro da empresa - 35% das pessoas consultadas afirmam que a estrutura interna da empresa muitas vezes impede a capitalização das alterações do mercado. Por último, as PME consideram que a tecnologia que têm à disposição em alguns casos é insuficiente - 37% das PME fala da falta de recursos para investir em novas tecnologias. Esta situação leva à necessidade de priorizar os investimentos de forma mais inteligente. |