Para onde caminha o armazenamento de dados em 2018?

A Infinidat acredita que ao longo de 2018, as empresas ainda enfrentarão um conjunto de desafios no que diz respeito ao armazenamento dos dados. A transformação digital, embora seja aclamada como o caminho natural para todas as empresas que se querem manter competitivas e relevantes, também representa um grande desafio. A transformação digital em que estão imersas muitas empresas obrigá-las-á a conciliar as suas necessidades de mais capacidade de armazenamento e de maior rendimento para analisar os dados que estão a recolher e a processar, afirma a Infinidat. Para o fabricante, a única forma economicamente razoável de capturar, analisar e reter dados em processos na transformação digital é o armazenamento persistente baseado em discos de alta capacidade. Assim, as aplicações de localidade de referência serão cada vez mais importantes para a analítica de dados, sobretudo para aplicações em tempo real, como deteção da fraude.

Segundo a Infinidat, este será também o ano em que as organizações de IT com soluções “all flash” terão de repensar a sua estratégia, já que a capacidade efetiva de armazenamento se limita a 1:1 e o custo por TB flash total efetivo dispara até 10 vezes o custo em discos de alta capacidade. Os sistemas de cache DRAM otimizada continuarão a proporcionar um melhor rendimento e um melhor equilíbrio entre picos de múltiplas cargas e requisitos de capacidade a logo prazo.

Em 2018, o fabricante de soluções de armazenamento afirma que a encriptação e compressão passarão a ser “commodities”. O RGPD e outras novas leis requerem a encriptação global dos dados. A deduplicação e a compressão já não serão suficientes nem eficazes por si só, pelo que assistiremos um drástico impacto na capacidade de armazenamento. Isto, Por seu turno, vai causar uma mudança na proposta de valor para o rendimento, disponibilidade, fiabilidade e simplicidade de integração com soluções verticais e horizontais.

A cloud continuará a ter um papel importante nas empresas. O armazenamento e processamento de dados serão mais importantes que nunca: em 2018 começaremos a ver a proliferação de modelos tecnológicos como o edge computing ou o fog computing. O primeiro, para compensar a lentidão da cloud através da recolha e análise de dados “no extremo”, enquanto o segundo (também conhecido como “computação no nevoeiro”) permitirá algo parecido, mas dando ainda mais peso específico aos dispositivos (afinal, é um modelo criado especialmente para a IoT) ao utilizá-los como ponto de acesso para aumentar a velocidade do processamento dos dados.

A Infinidat afirma ainda que este ano o networking será o novo bottleneck. Em 2018, estima o fabricante, veremos avanços no rendimento do armazenamento (desenhos de cache otimizada, novos modelos de tecido NVMe, etc.) que eliminam este campo da lista dos “suspeitos do costume” do baixo rendimento e geradores de problemas. A Ethernet ganhará (de novo) a batalha dos protocolos na nova geração de data centers, com NVMe como um componente chave. Durante os próximos anos, podemos esperar níveis de transferência de 400GB/s e 800GB/s em produção, em conjunto com o melhor rendimento oferecido pelo NVMe.

“Em 2018, acreditamos que as empresas terão que realinhar os seus orçamentos de TI à medida que continuam a investir em soluções de transformação digital. Somemos a isto a necessidade de conformidade com as novas leis sobre segurança dos dados e chegaremos à conclusão que se avizinham tempos de mudança muito importantes”, sublinha Israel Serrano, country manager da Infinidat.