2024-3-12
O CEO da Oracle, Safra Catz, revela que a empresa tem “pelo menos 40 novas reservas de IA que custam mais de um mil milhão de dólares que ainda não foram lançadas”
A Inteligência Artificial (IA) generativa foi o fator impulsionador da receita de infraestrutura da Oracle no seu trimestre mais recente. Os principais executivos do fornecedor prometem que 2024 será assinalado pelo contínuo investimento no negócio de infraestrutura de IA generativa. Na teleconferência trimestral da empresa, Larry Ellison, cofundador e diretor de tecnologia da Oracle, revelou que a Oracle está a trazer a IA generativa para uma ampla variedade de setores, sublinhando que “o negócio de infraestrutura de IA Gen 2 da Oracle está a crescer”. Em particular, destacou o assistente digital para sistemas clínicos ambulatoriais, bem como o trabalho da tecnologia no alinhamento das leis da Albânia com as da União Europeia (UE), visando acelerar a entrada do país na UE. O CEO da Oracle, Safra Catz, foi questionado por um analista sobre o “aumento hercúleo em novos negócios” necessário para aumentar a receita de infraestrutura como serviço (IaaS) em 49% ano após ano. Como resposta, o CEO da empresa referiu o crescimento com clientes novos e existentes. “Há muitos, muitos clientes que chegaram e ainda não obtiveram capacidade”, disse Catz. “Temos pelo menos 40 novas reservas de IA que custam mais de um mil milhão (dólares) e que ainda não foram disponibilizadas online”. Ellison, por sua vez, mencionou a capacidade da Oracle de construir data centers em cloud de vários tamanhos e revelou que, neste momento, está em andamento um centro de dados nos Estados Unidos “onde consegue estacionar oito Boeing 747 do nariz à cauda”. O trabalho da Oracle, reiteraram os executivos, visa atender às necessidades dos seus clientes. A Microsoft adicionou três novos data centers em cima das 20 instalações que já se encontravam em vias de construção pela parte da Oracle. “Estamos a trazer enormes quantidades de capacidade nos próximos 24 meses”, afirma Ellison. “A procura é tão alta. Precisamos de fazer isto apenas para satisfazer o nosso conjunto existente de clientes. Estamos a ver uma procura por data centers de pessoas que desejam comprar o Alloy e depois revender os nossos serviços em cloud com os seus próprios serviços em cloud”. As projeções de Ellison indicam que a empresa “acabará com mais data centers e regiões de cloud do que todos os outros hyperscalers combinados”. Atualmente, a Oracle conta com 13 regiões ativas dedicadas e Alloy e 18 em construção, assim como cinco novas que foram assinadas durante o trimestre. “A Microsoft não compete por este negócio”, frisa Ellison. “A AWS não compete por este negócio. A Google não compete por este negócio. Somos os únicos neste negócio”. O CEO da Oracle adiantou que o ano fiscal de 2025 da empresa deverá incluir dez mil milhões de dólares em despesas de capital. “Também envolve não apenas alguns grandes centros, mas também a expansão dos centros existentes – por isso já temos algumas áreas que iremos preencher”, constata. A Parceria da Oracle com a Nvidia foi uma ajuda para a empresa, segundo Ellison. O executivo considera ainda que a colaboração contínua com a Microsoft é uma forma de aumentar a utilização das ofertas da Oracle na cloud, assim como de migrar clientes para o Autonomous Database da empresa, o que possibilita uma maior adoção de ambientes multi-cloud pelos clientes. “Há muito tempo que somos o banco de dados número 1 no ecossistema de TI – acreditamos que isto preservará o franchise e o expandirá”, refere Ellison.
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