2021-9-02

BIZ

Modalidade pay-per-use em hardware cresce exponencialmente

Já várias empresas adotaram a modalidade pay-per-use nas suas ofertas, como é o caso da HPE, Dell, Cisco, Lenovo e NetApp

Modalidade pay-per-use em hardware cresce exponencialmente

Os modelos de pay-per-use de hardware são projetados para fornecer estruturas de preços semelhantes à cloud e capacidade flexível para data centes on-prem. Apesar de já existir há uma década, o interesse no pay-per-use hardware é cada vez maior e, segundo Daniel Bowers, antigo diretor de investigação na Gartner, “há cerca de quatro anos que há um ressurgimento de interesse no pay-per-use hardware, impulsionado em grande parte pela HPE e pelo programa GreenLake”. 

O interesse no serviço está a crescer à medida que as empresas procuram alternativas à compra de equipamentos para workloads que não são adequados para ambientes de cloud pública. Com este tipo de modelos, o hardware pode ser implantado no próprio data center da empresa, em localizações periféricas ou instalações de colocation. 

A HPE comprometeu-se a transformar todo o seu portfólio em ofertas pay-per-use e as-a-service até 2022. Além disso, os tipos de ofertas constam também no programa Apex da Dell, no Cisco Plus network-as-a-service, no Lenovo TruScale Infrastructure Services e na Keystone Flez da NetApp. 

A maior adoção tem sido a nível de armazenamento, pelo que a Gartner prevê que metade da capacidade de armazenamento será consumida como serviço até 2024. Contudo, o modelo carrega novos desafios e há fatores a ter em conta. 

Segundo Bowers, “muitas pessoas pensam que esta é apenas uma forma de obter hardware mais barato e que, de alguma forma, podem brincar com o sistema e é por isso que se entusiasmam. Mas não é assim, por isso não perca o seu tempo”. Na realidade, um modelo pay-per-use é geralmente mais caro do que comprar equipamento definitivo, especialmente se a empresa souber a capacidade de que precisa. 

Os programas estão desenhados para as empresas poderem ampliar e reduzir facilmente recursos, pelo que o valor atrativo provém da agilidade operacional. "Os fornecedores dão-lhe o que chamam de stock de reserva. Há equipamento extra não utilizado, equipamento escuro pronto a ser utilizado. Quando se precisa de algo, basta ligá-lo", explica Bowers. "Então, em vez de esperar uma, duas semanas ou três meses para encomendar novos equipamentos e trazê-lo, já o tem nas suas instalações prontos para utilizar. Só tem que ligá-lo".

A maioria dos programas atuais não são estritamente pay-per-use, diz Bowers. Combinam pagamentos fixos com alguns elementos variáveis baseados na medição da utilização. Pagamento por uso significaria que um cliente não teria de pagar se não utilizasse recursos num mês em particular. “Estes programas quase sempre envolvem um compromisso de longo prazo, como três ou quatro anos e envolvem sempre algum nível de pagamento mínimo, que é substancial”, diz. 

Bowers acrescenta que “o problema com os preços baseados no consumo para redes de data centers é que ainda não se descobriu que métrica cobrar pelas redes”, e à medida que os players estudam como cobrar por opções de rede as-a-service, o mercado mais amplo de modelos de preços baseados no consumo continua a crescer rapidamente. As taxas de adoção estão em torno de 30% de crescimento, de ano a ano.

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