Fernando Teixeira, DCN Manager, Claranet Portugal em 2021-9-15
Com as ferramentas e as soluções tecnológicas certas, a mobilidade geográfica dos colaboradores pode representar um aumento real da produtividade para as organizações
Fernando Teixeira, DCN Manager, Claranet Portugal
O paradigma do trabalho nas empresas tem evoluído de acordo com as evoluções tecnológicas e com as exigências dos mercados. Mas existem acontecimentos determinantes que provocam alterações abruptas na forma de trabalhar, forçando as organizações a adotar soluções e metodologias para se adaptarem - e, em muitas situações, sobreviverem. Estamos, de facto, num desses marcos históricos. O contexto pandémico acelerou a adoção das soluções de mobilidade e mostrou que é possível aumentar a produtividade e a rentabilidade em contexto de trabalho remoto, até como forma de adaptação às novas gerações, mais habituadas à virtualização e ao domínio online. No entanto, para potenciar o conceito de mobilidade nos negócios e tornar as empresas mais móveis, aumentando em paralelo a produtividade, não basta aproveitar a evolução das Tecnologias da Informação (TI). É também crucial saber escolher, implementar e usar as soluções tecnológicas mais indicadas para cada contexto organizacional – sobretudo ao nível dos dispositivos e do tipo de ligações adotadas. Novas tendências tecnológicasA mobilidade de uma empresa deverá começar pela definição do tipo de dispositivos disponibilizados e permitidos - BYOD (Bring Your Own Device), CYOD (Choose Your Own Device) e COPE (Company Owned Personally Enable). Qualquer das opções tem vantagens, desvantagens e desafios para empresas e colaboradores, sendo necessário definir os aspetos de utilização que mais se adaptam à organização, como o tipo de acesso, o perfil dos utilizadores ou a caracterização das aplicações, entre outros. Todos estes dispositivos - ou mesmo o tradicional posto de trabalho baseado num PC fixo - podem hoje ser adquiridos em modo “as a service” (Daas, PCaas, …), passando a responsabilidade da gestão e segurança para empresas especializadas e transformando os custos em OPEX. De todos os modelos, o BYOD é o que permite maior flexibilidade para as organizações, mas também é o que acarreta maiores riscos em termos de segurança. Universo sem fiosAs comunicações sem fios estão na génese da mobilidade empresarial e do trabalho em modo remoto, com o Wi-Fi a representar atualmente um “bem quase essencial” numa organização. Mas até quando irá prevalecer como tecnologia dominante face a um 5G que começa a ganhar terreno? A coexistência e integração entre o 5G e o Wi-Fi (nomeadamente a versão WIFI6E, que assegura comunicações mais rápidas, seguras e isentas de interferências) poderá ser a melhor opção para a maioria das empresas, com processos de autenticação de acesso únicos e baseados, por exemplo, no cartão SIM (Subscriber Identity Module). Há ainda que contar com soluções emergentes como SD-WAN e SD-Branch, para acessos seguros baseados em técnicas de encriptação, que se poderão estender aos postos de trabalho remotos com instalação de pequenos equipamentos com capacidades de firewall e Wi-Fi (RAP – Remote Access Point), não obstante a utilização da VPN, que é uma plataforma de extrema importância para acesso, de forma simples e segura, à infraestrutura de TI da empresa e aos seus sistemas. Mas esta nova tendência tem criado desafios de segurança adicionais, dado a diversidade de dispositivos e de ligações, que na maioria dos casos é feita através da Internet. Como tal, será fundamental as empresas adotarem sistemas de autenticação de acesso à rede com soluções de NAC (Network Access Control). A dispersão e a mobilidade geográfica dos trabalhadores, proporcionados pela tecnologia, tornou-se numa realidade para muitas empresas, possibilitando maiores opções de contratação e reduções de custos significativas. Resta às organizações estar atentas aos novos modelos de negócio e aos portfólios dos fabricantes e integradores, num período claramente de transição, de forma a encontrar as soluções mais eficientes e duradouras para a continuidade das suas operações.
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