Maria Beatriz Fernandes em 2021-9-21
A Diretora-Geral da Microsoft Portugal, Paula Panarra, destacou o crescimento do Canal de Parceiros Microsoft, o regresso ao trabalho em modelo híbrido, os planos de inclusão e diversidade e a expansão dos escritórios descentralizados de Lisboa
A Microsoft Portugal apresentou as principais apostas e novidades no regresso ao trabalho. Num Back to Business virtual, a Diretora-Geral da Microsoft Portugal, Paula Panarra, abordou o regresso aos escritórios em soft opening, o crescimento do Canal de Parceiros e o desenvolvimento de um estudo para perspetivar a expansão da empresa para um novo escritório, deslocalizado de Lisboa, como resultado do crescimento do negócio e da equipa de colaboradores. A Microsoft está a regressar aos escritórios, num modelo de soft opening, onde o trabalho a partir de casa ainda é o recomendado, mas que permite aos colaboradores o trabalho a partir dos escritórios. Nesse sentido, a tecnológica implementou um conjunto de medidas para garantir a segurança sanitária dos colaboradores, das quais destaca um questionário de verificação do estado de saúde, a marcação de lugar, a utilização obrigatória de máscara em toda a permanência no escritório, o distanciamento de dois metros e a higienização constante das áreas de trabalho. No futuro, a organização planeia implementar o trabalho remoto de 50% como standard para todos os colaboradores. A empresa denota a importância do equilíbrio proporcionado pelo trabalho híbrido, que bebe das vantagens do remoto, como a flexibilidade, e as vantagens do presencial, como a colaboração. “A flexibilidade que dermos vai ser um fator de atração de talento” e “as pessoas querem o contacto presencial, mas a flexibilidade do remoto, é uma balanço que tem de ser feito”, disse. Apesar da falta de talento tecnológico continuar a desafiar as organizações, desde o início da pandemia, a Microsoft recrutou 440 pessoas em Portugal, tendo neste momento em aberto 218 vagas nas mais variadas áreas tecnológicas. De acordo com Paula Panarra, a Microsoft reconhece “em Portugal o talento e a capacidade para continuar a crescer a nossa operação. Vamos ter de sair de Lisboa para o fazer, seja através de outro escritório ou de trabalho remoto, são estas alternativas que estamos a estudar”. Panarra destacou a necessidade de desenvolver alternativas que desenvolvam mais capacidades tecnológicas ou upskilling. No âmbito do Back to Business, a Microsoft partilhou um balanço dos seus programas de formação e capacitação, garantido, por exemplo, através do programa Global Skills Inititative, com o qual a Microsoft já ajudou, desde junho de 2020, 271 mil portugueses a adquirir competências digitais em várias áreas de qualificação, número que superou o objetivo inicial de capacitar até 100 mil pessoas em todo o país em 2020. A equipa conta com 20% de colaboradores internacionais, percentagem que reflete a cultura da empresa de inclusão e diversidade – “Temos dentro de casa uma riqueza muito grande, com pessoas de varias nacionalidades”. Segundo a Diretora-Geral, um dos pilares centrais da empresa é “empower every person” e, neste âmbito, a tecnológica anuncia o lançamento do grupo Disability at Microsoft em Portugal. A iniciativa pretende capacitar o tecido empresarial e a economia para uma maior integração de pessoas com deficiência no trabalho, através do desenvolvimento de uma geração de tecnologia mais acessível, refletida nos produtos da Microsoft e nas ferramentas e serviços que apoiam os programadores de software e fornecedores portugueses. O objetivo é chegar a 2% do workforce de pessoas com deficiência em Portugal, até 2023. “Disponibilizamos e incentivamos todas as pessoas a fazerem a formação Principios Fundamentais de Acessibilidade, que, entre outros aspetos, foca a aprendizagem dos conceitos de acessibilidade e demonstra como através da tecnologia poderemos melhorar a inclusão das pessoas com deficiência”, assevera Panarra. É de notar que a Microsoft criou nos últimos dois anos, em Portugal, o GLEAM (Global LGBTQI+ Employees and Allies at Microsoft) que conta com 60 membros e o BAM (Blacks at Microsoft), que integra 32 membros. Adicionalmente, a empresa destaca a importância do plano da saúde mental, pelo que a pandemia veio comprovar que o trabalho remoto, pode comprometer o equilíbrio e bem-estar do colaborador, que pode mesmo chegar a níveis de esgotamento digital. “Estudámos para ajustar as nossas ferramentas às novas condições, para que houvesse mais conforto digital”, como a Microsoft Viva Insights ou a integração da aplicação Headspace, para proporcionar momentos de mindfulness aos colaboradores. Tendo em conta o aumento esperado da equipa com a aquisição de novo talento, a Microsoft tem estado a analisar a expansão da operação para uma localização fora de Lisboa, estratégia potenciada pelo modelo de trabalho híbrido. De forma alinhada com o objetivo de potenciar a descentralização de talento, tecnológica anunciou o arranque de um programa para acelerar a transformação digital de startups do interior do país e ilhas, no próximo dia 28 de setembro, em Parceria com o Ministério da Economia e da Transição Digital, StartUP Portugal e Beta-i. A tecnológica, que conta atualmente com 3.600 Parceiros, um crescimento de 400 Parceiros no último ano, e mais de 1.400 colaboradores (mais 200 no último ano), deu alguns insights da quarta edição do evento nacional da Microsoft, o Building the Future, que acontece entre dia 26 e 28 de janeiro de 2022, de forma sobretudo digital. Na terceira edição, primeira digital, o evento contou com a presença de 21 mil participantes, 300 oradores e 12 mil conexões de networking. Os dias do evento dividem-se por motes, num primeiro dia focado no “Beyond e future”, um segundo dia sobre “People e Planet” e o último, com a temática “Education e Skilling”. O evento irá reunir decisores, líderes, profissionais da área tecnológica, professores, estudantes, investigadores, programadores e empreendedores, que juntos suportam e constroem o ecossistema da tecnologia. Entre os oradores da próxima edição, a Diretora-Geral anunciou a presença de Mo Gawdat, Nicholas Haan e Ivana Tilca. |