De acordo com um estudo realizado pela Kaspersky junto de 3900 trabalhadores de empresas de TI de todo o mundo, 34% das microempresas declararam ter conseguido realizar a integração dos dispositivos móveis dos seus funcionários na sua atividade. A taxa de integração móvel conseguida pelas grandes empresas situou-se, surpreendentemente nos 35%.
Ou seja, os negócios mais pequenos de todo o mundo estão a adotar a tecnologia móvel o mesmo ritmo das grandes companhias com mais de cinco mil trabalhadores. Aliás, as microempresas, na realidade, alcançaram uma taxa de implementação de tecnologias móveis superior à das PMEs (entre 26 e 99 funcionários) e das grandes empresas (entre 1500 e 5000). As microempresas obtiveram uma integração móvel superior em 6% em relação às PMEs e em 2% que as grandes empresas. Ao que parece, está errada a perceção de que as microempresas não investem tanto em novas tecnologias.
A experiência e os recursos são as limitações mais óbvias no caso de uma microempresa, que normalmente não conta dispõe de profissionais de TI responsáveis pela implementação de novas tecnologias. Por exemplo, 34% das microempresas apontaram "segurança em dispositivos móveis/portáteis" como uma das suas três prioridades de segurança TI para os próximos 12 meses. Mas quando questionadas sobre a política BYOD, com os colaboradores a usarem os seus próprios dispositivos móveis para fins profissionais, os resultados revelam uma diferença de perceção de acordo com o tamanho da empresa.
Apenas 28% das microempresas concordam que a política BYOD aumenta o risco de segurança TI do seu negócio. As médias e grandes empresas tiveram uma taxa de respostas afirmativas que é quase o dobro das microempresas, com 52% e 48%, respetivamente, em relação aos riscos que a tendência BYOD representa.
As ameaças mais comuns para os colaboradores proprietários de um dispositivo móvel incluem malware ou aplicações maliciosas que se ligam à rede da empresa através dos dispositivos móveis dos funcionários ou dados corporativos que desaparecem quando o dispositivo é perdido ou roubado.
Passos para a segurança móvel dentro do orçamento
As microempresas carecem de capacidade orçamental, pelo que muitas vezes optam por usar tecnologia móvel através do recurso aos dispositivos dos colaboradores – sem grandes investimentos de tempo ou de dinheiro. Um misto de senso comum e de tecnologia adequada pode representar um longo caminho percorrido em termos de segurança em dispositivos móveis. Assim, e segundo a Kaspersky, os proprietários de uma startup devem:
- Assegurar-se que os colaboradores da empresa sabem que, se os seus smartphones ou tablets contiverem informação profissional, o dispositivo não deve ser objeto de práticas de uso arriscadas (por exemplo, navegar em páginas de reputação questionável) e que, se o dispositivo for perdido ou roubado, devem informar imediatamente a empresa, e não dias mais tarde.
- Contar com software capaz de apagar remotamente os dados de um dispositivo roubado ou perdido. Alguns dispositivos oferecem funções similares já incluídas e existem muitas aplicações de terceiros que podem cumprir essa tarefa.
- Ter consciência de que uma empresa recém-criada com cinco trabalhadores não pode passar horas a comprar, instalar e administrar uma solução de segurança empresarial que não se adapte às suas necessidades. É importante evitar adquirir produtos que excedam as necessidades da empresa e que não esteja em conformidade com as funções básicas da segurança móvel. |