Mercado global de smartphones cresce 7% em 2024

De acordo com a última pesquisa da Canalys, o mercado global de smartphones cresceu 3%, atingindo as 330 milhões de unidades no quarto trimestre de 2024, o que representa o quinto trimestre consecutivo de crescimento. Contudo, a taxa de crescimento diminuiu significativamente. Durante todo o ano de 2024, as vendas globais de smartphones atingiram 1,22 mil milhões de unidades vendidas, o que se reflete num aumento de 7% em relação a 2023.

Em termos de marcas, a Apple obteve um forte desempenho na sua época tradicional de lançamentos, garantindo o primeiro lugar por entre as marcas mais vendidas, com uma quota de mercado de 23%. A Samsung ocupou o segundo lugar e apresentou uma quota de mercado de 16%, registando uma quebra nas vendas.

“A Apple solidificou a sua posição global através do crescimento em mercados emergentes como a Índia e o Sudeste Asiático em 2024”, afirma Le Xuan Chiew, Analyst da Canalys. “Ao expandir a presença e influência dos Canais na região da Ásia-Pacífico e ao aproveitar estratégias ativas de marketing e branding, a Apple obteve oportunidades de crescimento. No entanto, a concorrência e um ciclo de reposição prolongado limitaram a dinâmica de crescimento em alguns dos mercados mais desenvolvidos”, acrescenta.

Segundo os dados da Canalys, a Xiaomi manteve o terceiro lugar, registando uma quota de mercado de 13%, sendo a única marca a apresentar um crescimento anual, impulsionado pela presença crescente no mercado nacional e pelos seus esforços de globalização. Em quarto e em quinto lugar ficaram, respetivamente, a TRANSSION e a vivo, que beneficiaram da recuperação dos mercados emergentes na região Ásia-Pacífico.

“Vai ser um desafio replicar o crescimento do desempenho do mercado de 2024 em 2025. O crescimento do ano passado veio em grande parte da reposição de inventário por fornecedores e Canais, e da recuperação macroeconómica em mercados específicos”, refere Toby Zhu, Senior Analyst na Canalys. “As oscilações de procura e as incertezas macro continuam a ser os principais desafios. Os fornecedores vão concentrar-se mais em produtos de gama alta, aumentando a competitividade através da integração de inteligência artificial, inovação de produtos e estratégias de marketing mais fortes”, conclui.