2024-12-14
O mercado europeu de smartphones apresentou um crescimento contínuo no terceiro trimestre de 2024, impulsionado por melhorias económicas e um retorno gradual à normalidade para muitos fabricantes após um ano difícil em 2023
De acordo com dados do serviço Market Monitor da Counterpoint Research, as vendas de smartphones no espaço europeu registaram um aumento significativo em comparação ao ano anterior, destacando a recuperação do setor, com a Samsung e a Apple a liderarem o crescimento. No entanto, o relatório revela que a HONOR também obteve um desempenho notável, regressando ao top 5 após um forte crescimento tanto na Europa Ocidental como na Oriental. Jan Stryjak, diretor associado da Counterpoint, destacou que “o crescimento por três trimestres consecutivos reflete o retorno da confiança do consumidor após um 2023 desafiador”. No entanto, o especialista apontou que, apesar do aumento nas vendas da Apple, o superciclo de atualização planeado para o iPhone 16 não ocorreu conforme esperado. A procura inicial pelo novo modelo foi inferior à do iPhone 15 no ano anterior, o que resultou num crescimento moderado de apenas 2% na Europa Ocidental, embora a Europa Central e Oriental tenha registado uma subida de 17%. A Samsung manteve-se como líder de mercado na Europa, com um crescimento de 9% em vendas ano a ano. Este crescimento foi impulsionado pela base baixa do terceiro trimestre de 2023, e a empresa espera mais expansão com o lançamento dos modelos Galaxy S24 FE e Galaxy A16. Contudo, a Apple, que viu um crescimento de 10%, deverá desafiar a liderança da Samsung no quarto trimestre, como é habitual, impulsionada pelas promoções de fim de ano e pelo lançamento do Apple Intelligence. Por outro lado, a Xiaomi enfrentou uma queda de 5% em vendas ano a ano na Europa, com perdas especialmente significativas na Europa Ocidental, onde o declínio foi de 17%. Apesar disso, a empresa manteve-se forte na Europa Central e Oriental, onde cresceu 2% e manteve a sua liderança. As perspectivas para o último trimestre do ano são boas, de acordo com o relatório, com Stryjak a prever um "final de ano tradicionalmente forte, impulsionado pelas promoções da Black Friday e do Natal”. |