2020-5-25
A pandemia da COVID-19 teve um peso significativo no mercado dos portáteis desde o início do confinamento, o que está mesmo a originar uma quebra de stock nos fornecedores. Os fabricantes acreditam que o mercado voltará a crescer a médio prazo
A pandemia do Coronavírus fez com que o termo “teletrabalho” se normalizasse. Especialistas em economia e tecnologia afirmam que esta se tornará uma tendência dominante no mundo dos negócios. As organizações já perceberam alguns dos seus benefícios, como o aumento da flexibilidade e da poupança de custos, e são muitas as empresas que planeiam adotar este método de trabalho, apesar de não ser a tempo inteiro. Toda esta situação está a ter um peso significativo no mercado dos portáteis desde o início do confinamento, o que está mesmo a originar uma quebra de stock nos fornecedores. Posto isto, os fabricantes acreditam que o mercado voltará a crescer a médio prazo, como afirmou recentemente o CEO da Lenovo, Yang Yuanqing. Na sua opinião, prevê-se que a procura global de computadores pessoais cresça nos próximos dois a três anos, principalmente devido à consolidação da tendência para o teletrabalho. Durante a última conferência de resultados da Lenovo, Yang Yuanqing destacou o crescimento das receitas e o aumento da procura que estão a ter durante a pandemia, mostrando-se otimista para o futuro. Além disso, destacou ainda vários aspetos do atual mercado informático, em que categorias como os Chromebooks estão a ganhar um peso significativo nas vendas ligadas ao teletrabalho e à formação à distância. Também outras categorias, como os livros digitais, os equipamentos de jogo e as estações de trabalho, registaram vendas superiores ao esperado. Yang reconheceu ainda que durante a primeira fase da pandemia, embora ainda contida dentro das fronteiras chinesas, a Lenovo não conseguiu gerir todas as encomendas, mas afirma que já recuperaram totalmente a sua capacidade de produção e transporte e oferece perspetivas de crescimento para a segunda metade deste ano. Já por outro lado, fabricantes como a Quanta Computer ou a Wistron acreditam que as vendas podem acalmar ainda este ano. Os fornecedores de componentes básicos para o fabrico de equipamentos informáticos têm também a sua própria visão relativamente a este ano. Alguns deles afirmam que alguns dos seus clientes lhes pediram para reduzir a produção de produtos e a localização da sca para evitar o excesso de abastecimento, o que aponta para uma possível fixação de vendas de componentes para os próximos meses. |