2021-11-30
A HP recuperou o primeiro lugar após três trimestres na segunda posição, com 4,4 milhões de unidades e uma quota de 27%
O mercado de PC (desktops, notebooks e workstations) voltou a crescer na Europa Ocidental no terceiro trimestre, registando 16,3 milhões de envios de unidades – um aumento de 21% em relação ao período homólogo. A região continuou a assistir a uma maior procura de PC devido ao incerto ponto de situação relativamente à pandemia, com o mercado de PC a crescer há seis trimestres consecutivos. "Os números provam uma procura contínua de dispositivos PC", nota Trang Pham, Analista de Investigação da Canalys. Apesar de se esperar que os constrangimentos de fornecimento se mantenham ao longo de 2022, a Canalys espera que a região continue a ser um ponto de crescimento para os PC, uma vez que a relativa incerteza impulsiona a necessidade de investir em tecnologia. A HP recuperou o primeiro lugar após três trimestres na segunda posição, com 4,4 milhões de unidades e uma quota de 27%, e muito próxima, a Lenovo ocupa o segundo lugar do pódio, com 4,1 milhões de remessas, numa quota de 25%. Por fim, a Dell, a Apple e a Acer arrecadam o top cinco com 14%, 12% e 8%, respetivamente. "Já não se trata apenas de cumprir as encomendas em atraso, mas de gerir uma procura a longo prazo e isso é uma boa notícia para todos os fornecedores que operam no mercado. No entanto, estamos agora a assistir a uma mudança acentuada para o comercial, uma vez que o segmento cresceu 31% contra 11% no consumidor. Olhando para o futuro, a procura comercial deverá manter o crescimento até 2023. Embora a Europa Ocidental tenha estado à frente da maioria dos seus pares na digitalização operacional, especialmente no que diz respeito ao trabalho híbrido, há uma necessidade definitiva de dispositivos mais rápidos e melhores, uma vez que as empresas procuram não só isolar-se de futuras disrupções, mas também começar a olhar seriamente para os seus objetivos de ESG. As remessas para os consumidores irão naturalmente abrandar à medida que a saturação aumenta e as vidas dos dispositivos entram em jogo", explica Trang Pham. Os envios de tablets na Europa Ocidental diminuíram 20%, com 6,9 milhões de unidades enviadas. "No terceiro trimestre de 2020, os tablets tiveram um desempenho extraordinário, uma vez que preencheram uma lacuna criada pela escassez de PC", refere Trang Pham, assistindo, no entanto, agora a um “declínio corretivo”. No terceiro trimestre de 2021, a Apple registou um crescimento de 33% em relação ao ano anterior, enquanto os outros cinco principais fornecedores registaram declínios de dois dígitos. "O desempenho consistente do iPad hoje em dia deve-se ao foco da Apple no mercado dos tablets. A Apple continua a lançar novos iPads ao longo do ano, atendendo a mais segmentos de clientes. Apesar da crise, a cadeia de fornecimento verticalmente integrada da Apple isolou-a bem de suportar o peso do declínio corretivo", completa Trang Pham. |