2022-5-18
Com inúmeras tensões geopolíticas em curso a nível mundial no primeiro trimestre de 2022, as vendas de PC diminuiram 3% anualmente, com 15,8 milhões de unidades vendidas
No primeiro trimestre de 2022, as vendas de PC (desktops, notebook e workstations) na Europa Ocidental atingiram 15,8 milhões de unidades, uma queda de 3% em relação ao período homólogo. Os constrangimentos na oferta, a ameaça da recessão e o aumento das tensões geopolíticas limitaram o crescimento no início de 2022, indica a Canalys. A Lenovo manteve-se em primeiro lugar como o principal fornecedor, com 4,1 milhões de unidades vendidas na Europa Ocidental no primeiro trimestre de 2022 – uma quota total de mercado de 26%. Já a HP surge em segundo lugar, com 3,9 milhões de unidades vendidas, uma quota de 25%. Finalmente, a Dell, a Apple e a Acer completaram o Top 5 com 14%, 10% e 9% de quota de mercado, respetivamente. O decréscimo surge depois de um longo período de crescimento elevado e, ainda assim, os números estão acima dos níveis pré-pandemia. Segundo a Canalys, a tendência reflete um mercado em recuperação na região. "A Europa Ocidental tem sido um mercado resiliente para os fornecedores de PC nos últimos dois anos, graças à adaptabilidade da região nas suas respostas à COVID-19", afirma a analista de investigação da Canalys, Trang Pham. Mais, “a procura comercial é forte, uma vez que vários mercados avançaram oficialmente para operações business-as-usual. De facto, quase 60% dos dispositivos vendidos na Europa Ocidental no primeiro trimestre destinavam-se a uso comercial. No entanto, o mercado de PC está a sentir o aperto dos constrangimentos da cadeia de valor a nível global, desde os bloqueios nos centros de produção da China até à guerra em curso na Ucrânia”, acrescenta a analista. Para a Lenovo, a EMEA é a segunda região com o maior crescimento em termos de receitas, a seguir à China, e deverá continuar a ser um mercado-chave. Para a HP, apesar da queda da procura de Chromebooks, foi possível impulsionar as suas transferências de PC de valores mais elevados, como os modelos de jogos, premium e workstations. Também o mercado de tablets na Europa Ocidental sofreu um declínio pelo terceiro trimestre consecutivo, com as vendas a caírem 22%, anualmente, para 6,5 milhões de unidades vendidas. "A procura de tablets já passou o seu auge em mercados-chave", comenta a analista da Canalys. "A penetração no segmento de consumo disparou durante a pandemia e está perto da saturação. A queda prevista da procura fez com que quase todos os fornecedores sofressem quedas acentuadas nas vendas, incluindo a líder de mercado, a Apple, que tem superado sistematicamente o mercado nos últimos trimestres”, que mencionou constrangimentos na oferta – em vez de baixa procura – dos iPads”. |