Mercado de PC atinge recorde na China no terceiro trimestre

Os envios de PC – desktops e notebooks – na China cresceram 3% anualmente, e 10% sequencialmente, atingindo mais de 15 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2021. Em comparação com o ano passado, os envios de desktops (incluindo desktop workstation) cresceram 3,8% para 5,3 milhões de unidades. Já os envios de notebooks (incluindo mobile workstations) assistiram a um aumento ligeiro de 1,9%, em 9,7 milhões de unidades. 

O crescimento resultou num terceiro trimestre recorde para a China, superando o seu recorde de 14,7 milhões de remessas no terceiro trimestre de 2020. Os quatro principais fornecedores do mercado de desktop e notebook tiveram um crescimento homólogo no terceiro trimestre de 2021, destacando as economias tecnológicas emergentes a nível global e o seu impacto no mercado chinês. 

"O mercado de PC e notebooks este trimestre aumentou 3% em relação ao ano anterior e um forte 12% em relação há dois anos, devido a uma nova onda de modernização no setor comercial, e um vigor renovado na indústria devido às iniciativas governamentais da Indústria 4.0. A isto soma-se, a aquisição ajustada pela Educação para melhorar as instalações internas e as infraestruturas tem construído uma forte dinâmica para o mercado. Enquanto os setores comerciais crescem, as remessas de consumidores também têm visto uma forte procura devido às compras dos estudantes para o novo ano letivo e à antecipação geral de boas ofertas das vendas de 11.11 em novembro", explica a analista do PC da Canalys, Emma Xu.

A Lenovo arrecada o ouro, com um crescimento de 8% em relação ao período homólogo, com 6,0 milhões de unidades expedidas e um aumento de quota de mercado de 2%. A Dell e a HP, com remessas de 1,9 milhões e 1,4 milhões de unidades, cresceram 18% e 15%, respetivamente, a partir do terceiro trimestre de 2020. A Dell assistiu a um desempenho recorde nos notebooks e a HP acelerou em desktops. 

Adicionalmente, a Asus garantiu o quarto lugar com um crescimento de 44%, principalmente devido às remessas de notebooks, tipicamente de gaming, parcela do mercado que sempre foi forte na China. A Acer manteve o seu lugar no top cinco, mas foi o único fornecedor do grupo a registar uma queda anual de 15%. Já os envios da Huawei estagnaram para 0,5 milhões, um pouco abaixo de Acer. Apesar do crescimento lento, manteve-se uma forte alternativa à Lenovo para as compras e aquisições do governo local.

"De acordo com uma estratégia de construção de ecossistemas de hardware, os fornecedores de mercados adjacentes como smartphones e IoT estão agora a construir e a melhorar os seus portfólios de produtos em PC, especificamente tablets e notebooks, como necessários motores de crescimento", acrescentou Emma Xu. 

Além disso, “fornecedores como a Oppo, Vivo, Xiaomi e Transsion anunciaram novos notebooks ou tablets SKU, com o objetivo de tirar uma parcela deste vertical de hardware altamente rentável. No entanto, a gestão da cadeia de fornecimento para fazer face à limitada capacidade de produção de componentes é um desafio a longo prazo. A somar aos problemas da oferta, a complexidade das estratégias do go-to-market tanto no B2B como no B2C significa que só o lançamento de hardware SKU não implica sucesso. Os novos fornecedores vão precisar de uma estratégia de Canal exaustiva para sobreviver num mercado onde vendedores como a Lenovo, Apple, HP e Dell dominam”, conclui a analista.