2021-8-24
A Lenovo lidera o mercado de PC há três trimestre consecutivos, com 4,1 milhões de unidades expedidas
Depois de quatro trimestres de crescimento recorde, o mercado de PC na Europa Ocidental estabilizou e regista agora crescimento anual mais modesto, de 3%. Por outro lado, o período homólogo foi um trimestre extraordinário, que refletiu os primeiros efeitos da pandemia. No segundo trimestre de 2021, as remessas de PC na Europa Ocidental - desktops, notebooks e workstations - atingiram as 15 milhões de unidades, indicam novos dados da Canalys. A mudança de hábitos potenciada pela pandemia revelou-se permanente e a demanda estabilizou, contudo, a escassez de componentes continua a ser um constrangimento, limitando as encomendas e o crescimento dos fornecedores. Trang Pham, research analyst da Canalys, garante que “a procura ainda é alta” e que “a Europa Ocidental emergiu num "novo normal” e num mundo em rápida digitalização, como comprovam os robustos números de remessas. Se os problemas de fornecimento tivessem sido resolvidos, poderíamos ter visto um crescimento ainda maior no mercado de PC". A Lenovo mantém o primeiro lugar - há três trimestre consecutivos - expedindo 4,1 milhões de unidades, com uma quota do mercado de PC de 27%. Pham explica que "num tempo de elevada procura e pouca oferta, os fornecedores podem garantir a quota de mercado cumprindo as encomendas mais rapidamente”. A analista diz que a posição da Lenovo “deu-lhe um maior poder de negociação com os fornecedores, permitindo-lhe cumprir encomendas de forma mais rápida do que os seus concorrentes, especialmente na Europa Ocidental”. A HP surge em segundo, com 3,7 milhões de unidades e uma parcela de 24%. A Dell, a Acer e a Apple completam o top 5, com 14%, 10% e 9% de ações, respetivamente. Trang completa dizendo que “a anterior líder da HP não conseguiu manter o equilíbrio necessário entre os EUA e a Europa, o que levou o vendedor a perder a posição de topo na Europa Ocidental”.
Nota: a soma das percentagens pode não dar 100% devido a arredondamentos.
As encomendas de tablets na Europa Ocidental cresceram 18%, com 7,9 milhões de unidades. "Os tablets já não são apenas dispositivos de entretenimento, mas surgiram como alternativas mais baratas aos computadores para o trabalho remoto e a educação - e são especialmente populares entre os estudantes com necessidades básicas", continua Pham. A Apple está há muito no topo da pirâmide da venda de tablets, que cresceu 73% no segundo trimestre de 2021. Já a Lenovo ocupa o segundo lugar, com um salto anual de 87% nas remessas, capitalizando na procura de tablets de variadas gamas, incluindo modelos mais baratos que a Apple não comercializa. A Samsung, Huawei e Amazon completam o top 5 de fornecedores de tablets, no entanto, todos assistiram a um decréscimo de remessas. "Muitos trabalhadores foram agora convidados a regressar ao escritório, os estudantes têm frequentado as aulas desde o início de março e os encontros sociais são novamente populares. No geral, a recuperação económica parece promissora na Europa Ocidental", conclui Ben Stanton, research manager da Canalys Research. |
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