2014-7-24

BIZ

Estudo CIONET

Mais de metade das empresas portuguesas pretende aumentar investimento em mobilidade em 2014

O estudo “Mobility Survey 2014” da CIONET avaliou as tendências de mobilidade nas empresas nacionais e concluiu que a maioria pretende aumentar ou manter o orçamento disponível face ao ano anterior.

 Mais de metade das empresas portuguesas pretende aumentar investimento em mobilidade em 2014

Da amostra consultada, mais de metade das empresas (57%) referiram ter uma estratégia de mobilidade implementada. Esta

O “Mobility Survey 2014”, estudo realizado pela CIONET junto de 49 responsáveis de empresas nacionais – da área do IT, da administração pública, dos serviços e das engenharias, entre outras – aferiu as principais tendências da mobilidade no mercado empresarial português. Das empresas inquiridas, a maioria irá, ainda em 2014, aumentar (55%) ou manter (43%) o orçamento disponível para investimento em mobilidade, face a 2013.

Da amostra consultada, mais de metade das empresas (57%) referiram ter uma estratégia de mobilidade implementada. Esta decisão está maioritariamente relacionada com imposições do sector de negócio onde estão envolvidas (90%), e também com necessidades relacionadas com os clientes (60%), indicações do departamento de TI (30%), necessidades dos colaboradores (32%) ou dos fornecedores (4%) ou, por fim, aspectos ligados à concorrência (8%).

Quando questionados acerca dos serviços/aplicações móveis mais utilizadas na empresa, os inquiridos estabeleceram uma clara ordem de prioridades. Em primeiro lugar, o acesso ao e-mail, que surge como o serviço mais usado (92%), seguido de ferramentas de colaboração (47%), suporte às vendas (34,5%) e suporte ao cliente (34,5%). Depois, podem encontrar-se as ferramentas de consulta e edição de documentos (32,5%), ferramentas de ERP (22,5%) e de CRM (20,5%).

Apesar destes dados, o estudo da CIONET concluiu que a grande maioria das empresas (69%) continua a adoptar abordagens tradicionais face a iniciativas de mobilidade. Esta é adoptada apenas como resposta ao que o mercado procura - apenas 31% das empresas inquiridas aposta em iniciativas inovadoras. No entanto, de um total de 49 entrevistados, 13 colocam a mobilidade no Top 3 de prioridades (27%) e 17 a referem-na como uma das suas cinco principais preocupações (35%).

Défice de análise ao nível dos indicadores

Dos entrevistados, 24 sublinharam ter a equipa de mobilidade completa e pronta a trabalhar para tirar proveito das vantagens oferecidas pelo ambiente móvel (49%). No entanto, o investimento em tecnologia e competências pessoais de mobilidade não parece ser alvo de particular análise de indicadores por parte das empresas. Apenas 22 das 49 empresas afirmam ter KPIs definidos para monitorizar os investimentos em mobilidade, e, dessas, 15 explicam que os KPIs se destinam somente à medição de taxas de adopção internas e externas. Mais de metade – 55% - não tem KPIs definidos. Rui Serapicos, Managing Partner da CIONET Portugal, refere a este propósito que, “com os custos e perdas que foram também referidos pelos inquiridos, é preocupante que apenas 14% das empresas tenha KPIs bem definidos para a mobilidade”.

BYOD – maioria dos dispositivos são empresariais

No que diz respeito à penetração de políticas BYOD em Portugal, a amostra permitiu concluir que a grande maioria dos dispositivos são da empresa (43%), muito embora haja uma percentagem importante referente a organizações onde os dispositivos são maioritariamente da empresa mas onde é permitida a utilização de dispositivos pessoais (41%). Apenas 6% das organizações têm uma política BYOD implementada.

Agilidade do processo decisório é principal benefício

Quanto ao principais benefícios da implementação de medidas e iniciativas de mobilidade, o estudo da CIONET conclui que a redução dos tempos de resposta e de decisão (83,5%) é a vantagem mais vezes evidenciada pelos entrevistados, seguida do aumento de produtividade (75,5%) e do aumento dos níveis de satisfação dos clientes (50%). Também a redução de custos de negócio (38,7%), o aumento da partilha e dos níveis de engagement dos colaboradores (36,5%), a par do aumento geral do índice de competitividade da empresa (32,5%), são argumentos muitas vezes utilizados pelos inquiridos, que deixam para último benefícios como o aumento de vendas (12%) ou a melhoria na relação com fornecedores (8%).

Desafios da mobilidade

Os resultados do estudo alertam ainda para os desafios, ao evidenciar que 47% dos inquiridos já sofreu algum tipo de perda decorrente da mobilidade: 45% verificou perda de confiança do cliente e 32,5% perdas reputacionais da marca. Cerca de 22,5% dos inquiridos indica ter mesmo aumento dos custos de negócio e 20,5% revelou ter tido custos inesperados de integração da mobilidade com legacy systems.

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