2019-12-17
A Habana, criada em 2016 e sediada em Tel Aviv, fabrica processadores para deep learning em data centers, e é a mais recente de uma série de aquisições relacionadas com Inteligência Artificial da Intel
A Intel prevê que o mercado de chips de IA ultrapasse 25 mil milhões de dólares até 2024, tendo as suas próprias receitas relacionadas com IA deste ano representado um aumento de 20% face a 2018, para mais de 3,5 mil milhões de dólares. A Intel depende cada vez mais das vendas para os data centers à medida que as vendas de PCs estagnam, tendo por esse motivo reforçado o investimento em áreas como a inteligência artificial. A Habana, uma empresa de processadores de IA, foi fundada em 2016 e tem escritórios em Tel Aviv, San Jose, Pequim e Gdansk, na Polónia. Até ao momento, angariou mais de 120 milhões de dólares em financiamento, incluindo 75 milhões numa ronda de financiamento liderada pela Intel Capital no ano passado. O acordo vem no seguimento de uma série de aquisições relacionadas com IA nos últimos anos, incluindo a Movidius, Nervana, Altera e Mobileye. "O que ouvimos da parte dos nossos clientes é que há um conjunto heterogéneo de necessidades", disse Navin Shenoy, que supervisiona o grupo de centros de dados da Intel. "As oportunidades de mercado são significativas e grandes o suficiente para que possamos criar um portfólio especializado para resolver esses problemas e fazê-lo de maneira a que os clientes respondam bem". A Habana lançou em junho o seu novo processador de treino de IA, Gaudi, que afirma conseguir velocidades de processamento muito mais rápidas para competir com ofertas semelhantes da Nvidia Corp, concorrente da Intel. A Nvidia superou a Intel em março deste ano ao comprar a fabricante de chips israelita Mellanox por 6,9 mil milhões de dólares, impulsionando os seus negócios de chips para data centers. A Habana manter-se-á uma unidade de negócios independente, liderada pela sua atual equipa de gestão, e prestará contas ao grupo de plataformas de dados da Intel. |