2024-9-23
Estudo aponta que a inteligência artificial vai contribuir com 19,9 biliões de dólares para a economia global até 2030, correspondendo a 3,5% do produto interno bruto mundial
Uma nova investigação da IDC – intitulada “The Global Impacto f Artificial Intelligence on the Economy and Jobs” – prevê que os gastos das empresas para adotar Inteligência Artificial (IA), para utilizar IA nas operações comerciais existentes e para fornecer melhores produtos/serviços às empresas e aos clientes consumidores terá um impacto económico global acumulado de 19,9 biliões de dólares até 2030 e impulsionará 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2030. Como resultado, a IA afetará empregos em todas as regiões do mundo, impactando setores como operações de contact center, tradução, contabilidade e maquinaria. A ajudar a desencadear esta mudança estão os líderes empresariais que quase unanimemente (98%) veem a IA como uma prioridade para as suas organizações. De acordo com a investigação, em 2030, cada novo dólar gasto em soluções e serviços de IA relacionados com o negócio irá gerar 4,60 dólares na economia global, em termos de efeitos indiretos e induzidos. “Em 2024, a IA entrou numa fase de desenvolvimento e implementação acelerados definidos pela integração generalizada que levou a um aumento nos investimentos empresariais destinados a otimizar significativamente os custos operacionais e os prazos”, explica, em comunicado, Lapo Fioretti, senior research analyst, Emerging Technologies and Macroeconomics da IDC. “Ao automatizar tarefas rotineiras e desbloquear novas eficiências, a IA terá profundas consequências económicas, remodelando indústrias, criando novos mercados e alterando o panorama competitivo”. A maioria dos inquiridos do “Future of Work Employees Survey” da IDC espera que algumas partes (48%) ou a maior parte (15%) do seu trabalho sejam automatizadas por IA e outras tecnologias nos próximos dois anos, enquanto apenas uma minoria (3%) dos colaboradores esperam que os seus trabalhos sejam totalmente automatizados pela inteligência artificial. Embora alguns trabalhos sejam impactados negativamente pela proliferação da IA, novos cargos, como Especialistas em Ética em IA e Engenheiros de Prompt de IA, vão surgir como funções dedicadas em organizações globais. A investigação indica ainda que uma “intensidade de toque humano”, combinada com o nível de “repetibilidade de tarefas” pelo qual cada trabalho é caracterizado, informará as organizações sobre as funções que estão sujeitas a uma substituição completa da IA e da automatização, versus aquelas em que o papel da tecnologia será o de aumentar as capacidades humanas. Como tal, as posições onde as capacidades sociais e emocionais humanas são críticas, como a enfermagem e as funções onde a tomada de decisões abrange a ética e a compreensão para além dos números, vão permanecer robustas. |