A HP confirmou o que será o maior e mais complexo movimento empresarial na história da industria de IT: a divisão em duas empresas distintas do negócio da Hewlett Packard, fazendo nascer uma nova empresa.
Uma HP que corresponde ao que é hoje a divisão PPS, Personal & Printing Systems, será a HP Inc. e utilizará o actual logotipo e imagem de marca.
A outra exclusivamente centrada no negócio empresarial, onde se incluem 3 das actuais divisões; Serviços, Software, e o hardware da actual divisão Enterprise Group e vai receber o nome Hewlett-Packard Enterprise
Este split fará com que as duas empresas tenham volumes de negócios à partida similares, assim como na margem do lucro operacional.
A PPS no último ano fiscal apresentou resultados operacionais de $4.84 billion, e o conjunto das 3 divisões empresariais $5.85 billion USD.
A notícia foi avançada no último domingo pelo Wall Street Journal, que diz ainda que, com a divisão, a CEO da HP, Meg Whitman, manterá funções em ambas as empresas, permanecendo chairman do negócio dos PC’s e das impressoras da nova empresa a ser criada - Dion Wisler, anterior vice-presidente do Printing and Personal Systems Executive, recentemente contratado à Lenovo, assumirá o cargo de CEO.
Whitman continuará a assumir as funções de CEO da HP, agora dedicada ao negócio empresarial, com o lugar de chairman a ser ocupado por Patricia Russo. O anúncio deverá ser oficializado pela HP ainda hoje, dia 6.
A decisão agora a ser tomada tem algo em comum com intenção do antigo CEO Léo Apotheker, que em 2011 pretendeu orientar a HP para o mercado empresarial, mas a sua proposta na altura passaria não pela criação de duas empresas mas pela extinção da divisão de PCs.
Parceiros da HP nos Estados Unidos consultados ontem pela revista CRN, demonstraram um optimismo face a esta decisão, ao percepcionar maior agelidade de cada uma das futuras empresas.
Fundada em 1939 por Bill Hewlett e Dave Packard, a famosa start-up da garagem tem hoje 300.000 colaboradores e é a 2º maior companhia de IT do mundo em volume de vendas, com mais de $112 USD bilions, perto de 90 mil milhões de Euros no último ano.
A pressão dos acionistas de referência no sentido do aumento da margem de operação pode ter levado a esta proposta de split , sendo que os shareholders num primeiro momento terão participações proporcionais em ambas as empresas.
Na segunda-feira as acções valorizaram perto de 5% , a juntar aos mais de 20% de capitalização bolsista conseguidos desde o inicio de 2014.
Noticia actualizada em 7/10/14 - 12:40h |