Gestores de TI portugueses dedicam nove minutos por dia à inovação

O relatório foi elaborado pela consultora independente Vanson Bourne, a pedido da Claranet, tendo inquirido 900 responsáveis de TI europeus de seis países - Alemanha, Benelux, Espanha, França, Portugal e Reino Unido - com o objetivo de avaliar o estado atual das TI nas principais empresas de toda a Europa.

Segundo o relatório, os departamentos de TI portugueses são os que mais pressão enfrentam, contrastando bastante com a realidade dos restantes países europeus. O estudo chega também à conclusão de que os orçamentos TI das empresas portuguesas caíram bastante durante este ano, cenário que deverá prolongar-se durante o próximo.

A principal sacrificada é a inovação, para que os serviços mínimos possam ser assegurados: os departamentos de TI em Portugal dedicam apenas 9 minutos por dia a inovar, uma vez que a maior parte do seu tempo é dedicado a tarefas de gestão administrativa e a trabalho reativo.

O relatório demonstra ainda que 74% das empresas portuguesas já têm uma estratégia digital e que 84% das empresas europeias, onde se incluem as portuguesas, preveem uma mudança radical nas TI durante os próximos dois anos. Um dado interessante é o facto de, em 2014, cerca de 75% das empresas terem aumentado o seu orçamento de TI. O Claranet Research Report indica ainda que, em 2020, o desenvolvimento de aplicações in-house diminuirá cerca de 30% e que 61% dos responsáveis de TI, irá contar com o apoio dos fornecedores de TI para o desenho e implementação de soluções flexíveis para o seu negócio. Por essa data os departamentos de TI irão também realizar mais análise de dados (mais 6%) e menos suporte técnico (menos 21%).

No que aos fornecedores de TI diz respeito, o relatório aponta que, em média, são contratados 3 serviços de TI a cada fornecedor, que a gestão de aplicações é o serviço mais solicitado. O fornecedor ideal é descrito como “um conselheiro de confiança”.