2020-7-21
Estudo da Gartner prevê que o segmento de IT mais afetado pela situação atual e que demorará mais tempo a recuperar serão os dispositivos
Até agora, a maioria das organizações em todo o mundo sofreram os efeitos da pandemia, desde cortes na sua atividade normal até à paralisia total em alguns casos, o que teve um impacto direto nas suas estratégias de gastos de IT. Embora os investimentos em tecnologias de cloud e ferramentas digitais como comunicações e trabalho colaborativo tenham sido impulsionados em determinados sectores, a computação de 2020 será negativa. Como refere a mais recente pesquisa da Gartner, os gastos em IT cairão 7,3% em relação ao ano anterior, para cerca de 3,5 mil milhões de euros este ano. Como explica John-David Lovelock, vice-presidente de investigação da Gartner, "a despesa total de IT ainda deverá diminuir consideravelmente em 2020, mas recuperará mais rapidamente e de forma mais suave do que a economia. Ainda assim, as empresas não podem voltar a processos anteriores que estão agora ultrapassados devido à rutura do seu fluxo de receitas primárias durante a pandemia. Dos cinemas aos bancos, a COVID-19 está a forçar todas as organizações a serem criativas e a manterem-se à tona sem oferecerem exclusivamente experiências físicas. Os CIOs devem apostar na digitalização”. A investigação da Gartner prevê que o segmento de IT mais afetado pela situação atual e que demorará mais tempo a recuperar serão os dispositivos, uma vez que este ano as empresas poderão reduzir o investimento em até 16,1%. Embora o aumento do teletrabalho tenha impulsionado a adoção de computadores e certos dispositivos, os analistas preveem que o volume de gastos do ano passado não será atingido em 2020. Por isso, preveem que os gastos com infraestruturas em serviço (IaaS) cresçam 13,4% para cerca de 50,5 mil milhões de euros em 2020, com um potencial de crescimento de mais 27,6% em 2021, para 64,4 mil milhões de euros. Acreditam ainda que a necessidade crescente de ferramentas de colaboração no local de trabalho irá impulsionar os gastos dos utilizadores finais em serviços de conferências baseados na cloud, um segmento que poderá crescer 46,7% em 2020. |