2016-10-19
A Gartner deu a conhecer previsões estratégicas para organizações de IT e utilizadores, que deverão começar a fazer sentir-se a partir do próximo ano
As principais previsões da Gartner estão suportadas por três eixos relacionados com a inovação digital contínua: experiência e engagement, business innovation e os efeitos secundários que resultarão de maiores capacidades digitais. “O ano passado referimos que as alterações digitais viriam rapidamente. Este ano a aceleração continua e poderá causar efeitos secundários que terão um impacto em grande escala nas pessoas e na tecnologia”, afirma Daryl Plummer, managing vice president, chief of research e Gartner Fellow.
2019: queda da popularidade das apps e mais investimento em inovação Muitas marcas verificaram que o nível de adoção, engagement e retorno do investimento trazido pelas aplicações móveis está bastante aquém das expetativas aquando do investimento. Estão a surgir novas abordagens, que primam pela facilidade de instalação e que oferecem níveis de engagement similares às aplicações no que diz respeito ao investimento, suporte e custos a nível de marketing. A analista estima que as empresas optarão por reduzir as suas perdas ao deixarem que as apps expirem. Ao mesmo tempo, este será o ano em que as empresas irão tomar consciência dos custos de implementação da inovação. Segundo a Gartner, por cada dólar que as empresas investirem em inovação, gastarão sete na implementação de uma solução.
2020: Realidade aumentada e IoT estarão por toda a parte A experiência do consumidor está a mudar significativamente, o que já não é uma novidade. Contudo, a Gartner estima que em 2020 a popularidade da realidade aumentada (AR= augmented reality) e das suas aplicações a tornem parte do dia-a-dia. A analista indica que o setor do retalho deverá beneficiar da AR, uma vez que a barreira entre o mundo físico e o digital está cada vez mais difusa e os clientes podem visitar uma loja sem sair de casa. A evolução das aplicações de AR apontam cada vez mais para uma experiência de consumo em loja baseada na realidade aumentada e que poderá vir a ampliar o engagement do cliente e mudar radicalmente os seus hábitos de consumo.
2020: 30% do web browsing será feito sem um ecrã Novas tecnologias audio-centric, tais como o Google Home e o Echo, da Amazon, estão estão a tornar omnipresente o acesso à informação baseada no diálogo e a impulsionar novas plataformas baseadas em interações “voice-first”. Deste modo, ao possibilitar-se a pesquisa sem necessidade de tocar ou ver, as interações vocais permitem "navegar na web" durante os mais diversos contextos/atividades, tais como cozinhar, fazer exercício físico, caminhar, etc.
Até 2020: IoT irá aumentar a procura por armazenamento em data centers em menos de 3% A Internet of Things tem um potencial tremendo do ponto de vista da geração de dados a partir dos 21 mil mihões de endpoints que deverão estar a ser usado em 2020. Os sensores de IoT ocuparão apenas 0.4% do armazenamento dos 900 exabytes de armazenamento disponível por esta altura (em HDD e SSD). O armazenamento dos sensores multimédia consumirão mais 2%. Isto indica, segundo a Gartner, que a IoT tem a potencialidade de entregar valor aos negócios, permanecendo, ao mesmo tempo, gerível do ponto de vista da infraestrutura de armazenamento. 2021: 20% das nossas atividades online envolverão pelo menos um gigante do digital Ou seja: Google, Apple, Facebook, Amazon, Alibaba, Baidu (motor de pesquisa online utilizado na China e o segundo maior do mundo) e Tencent (o maior portal de serviços de Internet da China). À medida que o mundo se digitaliza nas mais diversas áreas, muitas das atividades em que nos envolvemos estarão, de algum modo, conetadas. Aplicações móveis, pagamentos, agentes inteligentes (Siri) e ecossistemas digitais vão incluir cada um destes gigantes tecnológicos em grande parte das nossas atividades diárias.
2022: IoT permitirá poupar (a empresas e particulares) mais de 1 bilião de dólares (USD 1 trillion) com custos de manutenção, serviços e consumíveis Uma das maiores promessas da IoT é a redução dos custos de manutenção e consumíveis. Aqui, o desafio está em fornecedor uma implementação segura e robusta que ofereça poupança de custos durante uma a duas décadas, sem conduzir a outros custos que absorvam a poupança entretanto alcançada. Isto pode ser obtido através de um sistema de monitorização económico baseado em sensores que reportam dados a servidores de analítica. |