Fujitsu implementa solução de RFID e otimiza gestão hoteleira hospitalar

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) apresentava modelos de controlo da roupa hospitalar e distribuição de artigos pouco precisos, havendo uma elevada dificuldade no controlo diário dos processos internos que passavam por tarefas manuais morosas e pouco precisas. Tal situação produzia uma diminuição da qualidade do serviço prestado e obrigava à aquisição de roupa de forma sistemática.

O objetivo era simples: aumentar a acessibilidade e a disponibilização atempada e segura de roupas a utentes e profissionais. Tudo isto num contexto de controlo rigoroso do processo, transparente, auditável, e possível do ponto de vista económico.

A solução

O CHUSJ, como entidade pública legalmente abrangida pelo Código de Contratação Pública, propôs ao mercado uma solução de gestão de roupas hospitalares e, na vertente tecnológica, foi a empresa Fujitsu que apresentou a solução mais consistente.

Foi a procura pela inovação que levou a Fujitsu, em pleno ano de pandemia, a introduzir uma nova solução no seu portfólio com o seu parceiro Daylife: a integração da tecnologia RFID-UHF em mesas de inspeção de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) reutilizáveis, que permite fazer toda a rastreabilidade destes produtos no momento do controlo de qualidade, nomeadamente a contabilização do número de esterilizações, locais de entrega, quem consome, entre outros.

“A solução implementada pela Fujitsu é robusta, modular e adaptável a diferentes ambientes e fluxos hospitalares, o que permite dar resposta aos desafios específicos de cada Unidade Hospitalar”, afirma Nuno Pinto, Automation & Digitalization e Lead Consultant na Fujitsu.

As ferramentas disponibilizadas permitem um controlo sistemático e preciso de todo o fluxo da roupa hospitalar, não só interno, mas também externo (com a lavandaria).

A principal vantagem do sistema como um todo é a sua capacidade de crescimento e integração. Isto permite que cada unidade hospitalar introduza a tecnologia em pontos específicos onde sentem maiores dificuldades, como, por exemplo, na entrega de fardamento de bloco com a introdução do sistema de dispensação de fardamento.

“Nos últimos cinco anos temos ajudado diferentes clientes na área da saúde, com a implementação de soluções personalizadas para o seus desafios, desde os processos de dispensação de fardamento, controlo global dos processos internos, ou controlo dos processos diretamente na lavandaria industrial”, refere José Mendes Pereira, Managing Director da Daylife, parceiro tecnológico desta solução.

Os resultados

A Fujitsu acredita que a solução desenhada para dar resposta ao desafio lançado pelo CHUSJ permitiu, por um lado, potenciar os recursos humanos existentes e, por outro, alavancar a eficiência dos fluxos internos com base na digitalização de processos.

A eliminação de tarefas repetitivas de contagens manuais permitiu alocar esses recursos em tarefas de controlo de qualidade, o que de forma natural se irá traduzir na prestação de um melhor serviço ao utente. Por outro lado, com o novo processo, informatizar e centralizar os circuitos da roupa e consequentes fluxos de faturação e imputação de custos.

Existe neste momento cerca de 270 mil tags Fujitsu em circulação, em diferentes hospitais de norte a sul de Portugal que representam cerca de 110 mil entregas de fardamento mensais a profissionais, ou 370 mil registos mensais de receção de roupa limpa pelas rouparias hospitalares.

André Bettencourt Sardinha, Diretor do Serviço de Operações Hoteleiras do CHUSJ garante que com esta solução “conseguimos assegurar o cumprimento em 100% dos níveis de stock acordados com os serviços, o que é um indicador excelente. Em termos de disponibilização de fardamentos, atingimos taxas de automatização entre 94 e 97%, que demonstra igualmente a fiabilidade do produto encontrado. Em termos operacionais, os colaboradores sabem em tempo real as necessidades de reposição dos serviços e das máquinas de dispensação de fardamento, melhorando a produtividade, rapidez do serviço de entrega e, a médio prazo, a eficiência do processo”.