2023-4-10
A IDC indica os fatores que contribuíram para que o primeiro trimestre de 2023 levasse a uma contração de 29% no mercado de PC em comparação com o mesmo período de 2022
O primeiro trimestre de 2023 assistiu, segundo a IDC, a uma contração de 29% no mercado mundial de PC em comparação com o mesmo período de 2022. A IDC cita a fraca procura, o excesso de inventário e a degradação do clima macroeconómico como os principais fatores para esta queda. As 56,9 milhões de unidades vendidas em todo o mundo durante os primeiros três meses do ano leva a que o mercado volte – pelo menos neste trimestre – a níveis pré-pandémicos; no primeiro trimestre de 2019 foram vendidas 59,2 milhões de PC e, no mesmo período de 2018, 60,6 milhões de unidades. “Embora o stock do Canal se tenha esgotado nos últimos meses, ainda está bem acima da faixa saudável de quatro a seis semanas”, explica Jitesh Ubrani, research manager da Mobility and Consumer Device Trackers da IDC. “Mesmo com grandes descontos, o Canal e os fabricantes de PC podem esperar que o stock elevado persista durante o ano e potencialmente no terceiro trimestre”. A pausa no crescimento e na procura também dá à cadeia de valor algum espaço para fazer mudanças, já que muitas fábricas começam a explorar opções de produção fora da China. Enquanto isso, os fabricantes de PC também estão a reformular os seus planos para o restante ano e começaram a receber pedidos de Chromebooks devido a um aumento esperado nos custos de licenciamento ainda durante este ano. Ainda assim, as vendas de PC ainda deverão sofrer a curto prazo, com um retorno ao crescimento no final do ano, com uma melhora esperada na economia global e à medida que a base instalada começa a pensar em atualizar para o Windows 11. “Até 2024, uma base instalada antiga começará a ser atualizada”, referiu Linn Huang, vice-presidente de research de dispositivos e monitores da IDC. “Se a economia estiver a tender para cima até essa altura, esperamos um aumento significativo do mercado, à medida que os consumidores se procuram atualizar, as escolas procuram substituir os Chromebooks desgastados e as empresas migram para o Windows 11. Se a recessão nos principais mercados se arrastar até o próximo ano, a recuperação poderá ser um desafio”. |