2014-11-27

BIZ

Estudo

Europeus revelam as ofertas mais ofensivas para este Natal

É oficial: qualquer cidadão que pretenda mostrar que se preocupa com alguém próximo e queira evitar discussões durante a época festiva que se avizinha deverá refletir bem sobre os presentes que vai comprar

Europeus revelam as ofertas mais ofensivas para este Natal

Estudo revela que oferecer dinheiro no Natal pode ser uma atitude impensada e um sinal de indiferença – e este é um pensamento que conta para a maioria dos europeus

Em termos genéricos é este o resultado de um estudo sobre os hábitos de gastos sazonais na Europa, que revela que quase um terço dos europeus acreditam que oferecer dinheiro é tanto uma atitude impensada como ofensiva. De tal modo, que que um em cada dez inquiridos considera mesmo que será meio-caminho andado para arranjar uma discussão com um ente querido.

O estudo levado a cabo pela MasterCard a nível europeu envolveu entrevistas a mais de 15.000 pessoas em 17 países, com o objetivo de saber do que é que gostamos ou detestamos quando oferecemos e recebemos presentes - e se a nossa dedicação é afetada quando estamos com pouco tempo.

Apesar de tudo, as notícias são animadoras e os cidadãos europeus são, na generalidade, atenciosos no momento de fazer compras para oferecer: 87% tenta sempre perceber o que é que os presenteados realmente desejam e 86% tentam sempre ser imaginativos na altura de uma compra. Na verdade, no dinheiro surge como a opção menos adotada, com apenas um consumidor em cada dez a admitir oferecer dinheiro como presente.

O estudo da MasterCard indica que quando nos esquecemos de ser ponderados, o sentimento de culpa acaba por surgir: um em quatro dos inquiridos já se arrependeu de oferecer um presente pelo facto de não ter ponderado o suficiente sobre a sua escolha. E 45% de nós – quase metade! – admitiu ter ficado desapontado após receber uma oferta não ponderada.
O pensamento e a ponderação parecem ser os investimentos mais importantes quando se trata de oferecer algo à pessoa amada, com a esmagadora maioria das pessoas (97%) a revelar que o preço é o que menos importa na altura de comprar.

Sobre estes resultados, Javier Perez, Presidente da MasterCard Europa, afirmou: "Com a época festiva a aproximar-se é inspirador saber que a ponderação é o que mais importa. Em toda a Europa o foco não está na quantidade de dinheiro transacionado, mas nos motivos que levam a comprar algo para oferecer. E se o recurso à oferta de dinheiro pode ser uma opção simples e rápida, estes resultados destacam que, quando se trata de ofertas, os nossos entes mais queridos esperam maiores cuidados na hora de comprar.

Além disso, numa altura em que a tecnologia torna cada vez mais fácil a vida das pessoas – seja na altura de escolher um presente, ou de o pagar - não é à toa que as pessoas evitam cada vez mais oferecer dinheiro como presente. Javier Perez acrescenta: "Atualmente é fácil de encontrar e de pagar tudo de forma eletrónica e os europeus estão a responder positivamente a esta tendência, com quase três em cada cinco (66%) a usar um cartão de pagamento numa qualquer loja”.

O estudo da MasterCard lança também uma luz sobre a antecedência com começamos a comprar as ofertas para as épocas festivas. Apesar de um terço do consumidores (32%) começarem a fazê-lo com um mês de antecedência, quase a metade (45%) admitiu a iniciar a procura de presentes com apenas uma semana ou menos do dia das ofertas! Os homens (34%) são mais propensos do que as mulheres (27%) para deixar as compras para a última hora, começando a semana antes, no mínimo. Curiosamente, dos que afirmaram ter recebido uma oferta menos conseguida (45%), quase um em cada três (28%) acreditam que tal se deveu ao facto de a sua cara-metade ter deixado a compra para a última da hora.

Além do dinheiro, outras ofertas consideradas pelos europeus como precipitadas ou impensadas incluem um peixinho de estimação (52%), eletrodomésticos (35%), roupa de cama (26%) e produtos de banho (26%).

O estudo da MasterCard também revela outras abordagens interessantes sobre as diferentes formas de os europeus encararem os presentes:

• Oferecer dinheiro é considerado o mais impensado em Espanha (52%) e Itália (45%), um situação tanto mais surpreendente quanto é nestes países que se encontram os maiores utilizadores de dinheiro na Europa

• A Suécia (45%) e a Polónia (36%) são os países onde os consumidores mais se arrependem quando as ofertas que fazem não são as mais inteligentes

• A Holanda (21%) e a Hungria (17%) são os menos propensos a confessarem que receberam um presente do qual não gostaram

• Os países europeus em que as pessoas menos lamentam as ofertas recebidas são a França (12%) e a Bélgica (9%)

• Os gregos são os que deixam mais para a última da hora a compra dos presentes (60%), esperando normalmente até à última semana para iniciar as suas compras

• A Turquia é o país europeu onde a oferta de dinheiro como uma prenda é mais suscetível de desencadear discussões, o que acontece com 27% das pessoas

• Os homens belgas e polacos são os mais procrastinadores, com 43% dos inquiridos a admitir deixar a compra dos presentes para a última da hora.

• Em contraponto, os cidadãos do Reino Unido são os que melhor planeiam as suas compras para as épocas festivas, com 38% a fazê-lo com alguns meses de antecedência ou mais cedo

• Os Checos são os que mais ponderam a compra de uma oferta: 91% sente que a ponderação é um fator decisivo no momento de comprar

• Mais do que em qualquer país, os russos acreditam que a ponderação é o fator mais importante quando vão fazer compras para a família (34%) e para os amigos (31%)

• Por outro lado os Franceses são os mais românticos e os que mais ponderam em toda a Europa na altura de fazer compras para oferecer aos seus parceiros (41%)

• Os consumidores austríacos acreditam que o fator pessoal é tudo: 94% acredita que oferecer um presente pessoal é o mais importante

O Estudo foi conduzido pela Toluna em 17 países - Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, Rússia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, República Checa, Grécia, Hungria e Roménia – com base em entrevistas realizadas a um total de 15.129 consumidores, entre os dias 1 e 15 de outubro de 2014

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