Em termos genéricos é este o resultado de um estudo sobre os hábitos de gastos sazonais na Europa, que revela que quase um terço dos europeus acreditam que oferecer dinheiro é tanto uma atitude impensada como ofensiva. De tal modo, que que um em cada dez inquiridos considera mesmo que será meio-caminho andado para arranjar uma discussão com um ente querido.
O estudo levado a cabo pela MasterCard a nível europeu envolveu entrevistas a mais de 15.000 pessoas em 17 países, com o objetivo de saber do que é que gostamos ou detestamos quando oferecemos e recebemos presentes - e se a nossa dedicação é afetada quando estamos com pouco tempo.
Apesar de tudo, as notícias são animadoras e os cidadãos europeus são, na generalidade, atenciosos no momento de fazer compras para oferecer: 87% tenta sempre perceber o que é que os presenteados realmente desejam e 86% tentam sempre ser imaginativos na altura de uma compra. Na verdade, no dinheiro surge como a opção menos adotada, com apenas um consumidor em cada dez a admitir oferecer dinheiro como presente.
O estudo da MasterCard indica que quando nos esquecemos de ser ponderados, o sentimento de culpa acaba por surgir: um em quatro dos inquiridos já se arrependeu de oferecer um presente pelo facto de não ter ponderado o suficiente sobre a sua escolha. E 45% de nós – quase metade! – admitiu ter ficado desapontado após receber uma oferta não ponderada.
O pensamento e a ponderação parecem ser os investimentos mais importantes quando se trata de oferecer algo à pessoa amada, com a esmagadora maioria das pessoas (97%) a revelar que o preço é o que menos importa na altura de comprar.
Sobre estes resultados, Javier Perez, Presidente da MasterCard Europa, afirmou: "Com a época festiva a aproximar-se é inspirador saber que a ponderação é o que mais importa. Em toda a Europa o foco não está na quantidade de dinheiro transacionado, mas nos motivos que levam a comprar algo para oferecer. E se o recurso à oferta de dinheiro pode ser uma opção simples e rápida, estes resultados destacam que, quando se trata de ofertas, os nossos entes mais queridos esperam maiores cuidados na hora de comprar.
Além disso, numa altura em que a tecnologia torna cada vez mais fácil a vida das pessoas – seja na altura de escolher um presente, ou de o pagar - não é à toa que as pessoas evitam cada vez mais oferecer dinheiro como presente. Javier Perez acrescenta: "Atualmente é fácil de encontrar e de pagar tudo de forma eletrónica e os europeus estão a responder positivamente a esta tendência, com quase três em cada cinco (66%) a usar um cartão de pagamento numa qualquer loja”.
O estudo da MasterCard lança também uma luz sobre a antecedência com começamos a comprar as ofertas para as épocas festivas. Apesar de um terço do consumidores (32%) começarem a fazê-lo com um mês de antecedência, quase a metade (45%) admitiu a iniciar a procura de presentes com apenas uma semana ou menos do dia das ofertas! Os homens (34%) são mais propensos do que as mulheres (27%) para deixar as compras para a última hora, começando a semana antes, no mínimo. Curiosamente, dos que afirmaram ter recebido uma oferta menos conseguida (45%), quase um em cada três (28%) acreditam que tal se deveu ao facto de a sua cara-metade ter deixado a compra para a última da hora.
Além do dinheiro, outras ofertas consideradas pelos europeus como precipitadas ou impensadas incluem um peixinho de estimação (52%), eletrodomésticos (35%), roupa de cama (26%) e produtos de banho (26%).
O estudo da MasterCard também revela outras abordagens interessantes sobre as diferentes formas de os europeus encararem os presentes:
• Oferecer dinheiro é considerado o mais impensado em Espanha (52%) e Itália (45%), um situação tanto mais surpreendente quanto é nestes países que se encontram os maiores utilizadores de dinheiro na Europa
• A Suécia (45%) e a Polónia (36%) são os países onde os consumidores mais se arrependem quando as ofertas que fazem não são as mais inteligentes
• A Holanda (21%) e a Hungria (17%) são os menos propensos a confessarem que receberam um presente do qual não gostaram
• Os países europeus em que as pessoas menos lamentam as ofertas recebidas são a França (12%) e a Bélgica (9%)
• Os gregos são os que deixam mais para a última da hora a compra dos presentes (60%), esperando normalmente até à última semana para iniciar as suas compras
• A Turquia é o país europeu onde a oferta de dinheiro como uma prenda é mais suscetível de desencadear discussões, o que acontece com 27% das pessoas
• Os homens belgas e polacos são os mais procrastinadores, com 43% dos inquiridos a admitir deixar a compra dos presentes para a última da hora.
• Em contraponto, os cidadãos do Reino Unido são os que melhor planeiam as suas compras para as épocas festivas, com 38% a fazê-lo com alguns meses de antecedência ou mais cedo
• Os Checos são os que mais ponderam a compra de uma oferta: 91% sente que a ponderação é um fator decisivo no momento de comprar
• Mais do que em qualquer país, os russos acreditam que a ponderação é o fator mais importante quando vão fazer compras para a família (34%) e para os amigos (31%)
• Por outro lado os Franceses são os mais românticos e os que mais ponderam em toda a Europa na altura de fazer compras para oferecer aos seus parceiros (41%)
• Os consumidores austríacos acreditam que o fator pessoal é tudo: 94% acredita que oferecer um presente pessoal é o mais importante
O Estudo foi conduzido pela Toluna em 17 países - Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, Rússia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, República Checa, Grécia, Hungria e Roménia – com base em entrevistas realizadas a um total de 15.129 consumidores, entre os dias 1 e 15 de outubro de 2014 |