2024-7-06
Estudo indica como é que as empresas de Canal – incluindo em Portugal – estão a ajudar as PME a tirar partido da tecnologia de inteligência artificial e a tornar-se mais ágeis digitalmente
Um novo estudo da Sage revela uma mudança significativa nas empresas de Canal de TI, que ao invés da abordagem das vendas tradicionais de “comprar e instalar”, adotam agora uma posição de consultoria estratégica para as PME, abrindo caminho para uma maior agilidade digital. O estudo, “A procura de serviços de consultoria digital por parte das pequenas e médias empresas alimenta o crescimento do Canal de TI”, que inquiriu 2.800 revendedores de tecnologia de oito países, realça que mais de metade (55%) dos revendedores de tecnologia estão a adotar este novo papel de consultoria. O objetivo é melhorar a capacidade das PME em se adaptarem às mudanças de mercado, à evolução das exigências dos clientes e aos novos avanços tecnológicos (por exemplo, em inteligência artificial), de forma cada vez mais rápida. “Estes resultados marcam uma mudança significativa para a indústria de Canal. A mudança para soluções mais personalizadas e a construção de uma relação mais forte com os clientes está a revolucionar o nosso apoio às PME”, afirmou, em comunicado, Sippora Veen, VP Global Partner Marketing da Sage. “Com a adoção de tecnologias avançadas como a inteligência artificial e o compromisso com o desenvolvimento de competências, estamos melhor posicionados para ajudar as PME a enfrentar os desafios e a prosperar na era digital. Esta colaboração é essencial para promover a inovação e o crescimento mútuo”. Em Portugal, ficou claro o potencial da inteligência artificial, mas também alguma resistência atual à consultoria, enfatizando a necessidade de prestar formação e apoio adicionais em agilidade digital. Perto de metade (53%) dos revendedores de TI portugueses inquiridos afirmam que acompanhar a tecnologia foi o seu maior desafio na prestação de serviços de consultoria a clientes PME. Questionados sobre os desafios mais comuns que enfrentam ao implementar a IA para clientes PME, os revendedores portugueses afirmam ser a compreensão limitada da tecnologia de IA (55%) e o orçamento/recursos limitados para adotar e manter soluções de IA de forma eficaz (44%). “Nos dias de hoje, os revendedores de software empresarial desempenham um papel crucial que vai além da mera venda de licenças”, comentou Hugo Oliveira, Partners & Ecosystem Director da Sage Iberia, também em comunicado. “Transformaram-se, ou precisam de se transformar os que ainda não fizeram, em consultores estratégicos que oferecem soluções personalizadas, suporte contínuo e formação especializada para maximizar o valor dos investimentos em tecnologia das empresas. Além disso, atuam como intermediários essenciais entre os editores de software e o utilizador final, ajudando a adaptar as soluções às necessidades específicas de cada negócio e garantindo uma implementação eficiente e uma integração harmoniosa com os sistemas existentes. Esse novo papel exige dos revendedores uma profunda compreensão das tecnologias emergentes, bem como das dinâmicas de mercado e dos desafios enfrentados pelas empresas modernas. Com o surgimento das soluções Cloud Native, onde a standardização domina, os revendedores terão de acrescentar este valor adicional aos seus clientes caso contrário correm o risco de se tornarem irrelevantes”. Globalmente, este novo cenário não só está a aumentar a agilidade digital entre as PME, como abre as portas a oportunidades significativas de crescimento. Isto reflete-se nos resultados do estudo: 73% dos revendedores de tecnologia de IT acreditam que as PME veem o investimento em agilidade digital como máxima prioridade, acreditando que esta irá gerar crescimento de negócio (29%), aumentar a competitividade (24%) e melhorar a eficiência (23%). Os revendedores portugueses são neste momento menos propensos a desempenhar um papel consultivo. Entre o apoio pretendido pelos revendedores por parte dos seus fornecedores de TI destaca-se a formação e a educação em agilidade digital, incluindo áreas especializadas como cibersegurança, computação na cloud e análise de dados. A respeito desta resistência, perto de metade (53%) dos revendedores portugueses afirmam que acompanhar a tecnologia foi o seu maior desafio na prestação de serviços de consultoria a clientes PME, seguido da resistência desses mesmos clientes que podem não ver o valor dos serviços de consultoria ou preferem uma abordagem transacional das vendas (50%). |