2021-6-13
De acordo com um estudo da Fujitsu, a automatização para melhorar a qualidade e a eficiência é a principal preocupação do setor da indústria e a sustentabilidade está agora num lugar cimeiro a nível de investimento
A intensificação da concorrência global está a levar a indústria a efetuar alterações rápidas ao seu modo de operação, conclui um novo estudo de atitudes publicados pela Fujitsu. O estudo à tecnologia de produção/manufatura usada por líderes TIC em 17 países confirma que a automatização é a principal preocupação para melhorar a qualidade e a eficiência e nota que a sustentabilidade também está no topo dos novos investimentos em TIC. As empresas estão a colocar um novo foco na resiliência do negócio e na sua agilidade como resposta ao choque da COVID-19. A automatização das fábricas emerge como caminho crítico para alcançar esse objetivo. A indústria investe mais em automatização do que em qualquer outra coisa, com três quartos (76,8%) dos inquiridos a planearem projectos nos próximos 12 meses. Além disso, a sustentabilidade capta cada vez mais as atenções dos líderes na área da produção, estando agora num terceiro lugar no que respeita ao impacto nas despesas em TIC. As conclusões do estudo da Fujitsu sugerem que os fabricantes estão a reagir a uma maior preferência dos consumidores por marcas que se preocupem com o planeta. As conclusões da Fujitsu mostram que as empresas estão a experimentar níveis cada vez mais elevados de concorrência e a sentir uma pressão competitiva, que está a impulsionar a transformação. Mais de três quartos (75,8%) relatam forças globais muito competitivas, com apenas uma em cada cinco (21,7%) a dizerem-se não expostas a players internacionais. Isto está a intensificar-se, com quase sete em cada dez (68,7%) fabricantes a experimentar uma concorrência adicional de novos actores e de disruptores que pretendem captar uma fatia do mercado. As empresas de produção/manufatura respondem com inovação contínua, cada vez mais impulsionada por projectos de transformação digital (DX) bem-sucedidos. Entre os 17 resultados de DX investigados pela Fujitsu, 80% dos inquiridos afirmaram que os resultados vão ao encontro ou excedem as expectativas. Entre os principais sucessos incluem-se uma maior competitividade a par de uma redução do desperdício e uma melhoria da qualidade, a activação de novos modelos de negócio de ecossistema, relações reforçadas com os clientes e maior agilidade. Estimulado por estes sucessos, o ritmo da DX está a acelerar e as empresas pretendem alargar ainda mais os seus investimentos em DX ao longo dos próximos 12 meses. Pelo menos 30% estão a fazer investimentos significativos ou grandes em DX em todas as 36 áreas operacionais investigadas pelo relatório. Yuuki Yamamoto, Responsável pela COLMINA Business Unit da Fujitsu, afirma que “o nosso estudo global à indústria destaca a importância da automatização em múltiplos indicadores, mas os factores que estão mais acima nas prioridades das empresas são o seu impacto na qualidade e na eficiência. Enquanto uma das principais integradoras TIC a nível mundial, a Fujitsu considera que o próximo passo crucial é a integração das TI com as TO. Hoje, elas continuam em grande medida separadas em muitas fábricas de todo o mundo. Em particular, vemos a integração da tecnologia de design de engenharia com as operações na área da produção das fábricas como uma oportunidade para os fabricantes obterem novos níveis de qualidade e eficiência, os quais, segundo o nosso estudo, são as principais aspirações do setor”. Mais de dois terços dos inquiridos (69,3%) acreditam que a principal prioridade é melhorar a qualidade dos produtos nas aplicações de produção/manufatura, seguida de uma melhoria da eficiência através de taxas de utilização (67,6%). Melhorar todos os aspetos da segurança é a terceira prioridade, uma conclusão acompanhada do facto de a cibersegurança ser a principal prioridade de quem gasta mais em TIC. Em termos de tecnologias específicas para alcançar a DX, as principais aplicações empresariais são vistas como cruciais. Hoje, as duas aplicações mais implementadas - o Enterprise Resource Planning (ERP) e o software de processamento de encomendas, continuam a ser parte vital do roteiro. Todavia, há mudanças a caminho. As empresas estão a integrar resiliência e adaptabilidade nos seus negócios, com dois terços (67,4%) a contarem com uma diversificação das suas cadeias de abastecimento e instalações fabris devido à COVID-19. Isto reflecte-se nos planos de investimento concreto em aplicações destas empresas para os próximos 12 meses, que estão a mudar de forma clara para a gestão de inventário e encomendas, apoio ao cliente, Supply Chain Management (SCM) e Customer Relationship Management (CRM), por essa ordem. Quando se trata de apontar aplicações da indústria, o investimento em dados das instalações de produção foi a prioridade nos últimos 12 meses. As conclusões apontam para uma maior automatização das fábricas no próximo ano, seguida da manutenção preditiva e da manutenção da fábrica, com os dados das instalações de produção a caírem para o quarto lugar. O investimento em medidas para fazer face à COVID-19 continuam elevados, mas ocupam agora o quinto lugar em termos de investimento, sugerindo que muitos fabricantes acreditam que o auge da pandemia já terá passado. |