2022-10-29
Segundo indica um novo estudo da Sage, a tecnologia emergente é um fundamental impulsionador das estratégias de economia circular no setor
A tecnologia emergente é crucial para os fabricantes que adotam a economia circular e enfrentam os grandes desafios da indústria, indica um novo estudo da Sage, sobre as barreiras significativas que os profissionais dos setores da produção e distribuição enfrentam à medida que fazem a transição para uma estratégia de negócio de economia circular – apesar do reconhecimento generalizado dos muitos benefícios que esta trará. O estudo “The State of the Circular Economy” mostra que a indústria está a prestar maior atenção à necessidade de adotar uma economia circular, bem como aos benefícios que esta traz, e surge no seguimento da crescente importância que as práticas empresariais sustentáveis têm para mais de 60% dos colaboradores, clientes, acionistas e parceiros da cadeia de valor do setor. A economia circular baseia-se nos princípios de eliminação de resíduos e poluição, mantendo produtos e materiais em uso, regenerando sistemas naturais e apoiando a sustentabilidade ambiental. Segundo o estudo, 84% das equipas de liderança sénior afirma que construir e implementar uma estratégia de economia circular é agora parte da sua posição, e para 32% é mesmo central nas funções que exerce. “A sustentabilidade está a tornar-se numa questão cada vez mais não negociável para os fabricantes e distribuidores modernos. Embora os objetivos de negócio permaneçam a grande prioridade, a indústria reconhece igualmente a importância dos fatores ambientais. A eficiência energética e a ajuda ao ambiente são as principais motivações para a prossecução de uma estratégia sustentável”, comenta Rob Sinfield, Head of Business Unit, Sage X3 e Sage Intacct Manufacturing da Sage. Acrescenta que, “como resultado, 32% das organizações que adotam estratégias de Economia Circular está já a registar benefícios – desde maiores rentabilidade e produtividade a uma melhor utilização dos recursos e uma melhor reputação da marca. Adicionalmente, outros 32% acredita que virá a obter benefícios nos próximos três anos”. Os fabricantes e distribuidores consideram as novas tecnologias e inovações (72%) como um habilitador fundamental da adoção de estratégias de economia circular e sustentabilidade. Por outro lado, as preocupações decorrentes da inação – como uma imagem de marca debilitada (46%) e a redução da rentabilidade a longo prazo (46%) – estão a consolidar a necessidade de investimento. A investigação da Sage revelou que os fabricantes e distribuidores classificaram as aplicações cloud (74%), a análise de dados (68%) e a automação (67%) como as tecnologias mais importantes para gerir uma empresa de forma mais sustentável. As aplicações e infraestrutura cloud estão já a ter impacto em quase todos os aspetos da produção moderna, pelo que a cloud permite aos fabricantes desenvolver produtos de forma mais eficaz e adotar práticas sustentáveis, como a impressão 3D. A análise de dados com vista à inteligência preditiva está a ajudar as empresas a aperfeiçoar o desenvolvimento dos produtos, a otimizar as cadeias de abastecimento e a monitorizar os equipamentos, para aumentar a eficiência dos recursos. A automação aumenta a produtividade, acelerando os fluxos de trabalho e reduzindo o erro humano. Também disponibiliza valiosos insights orientados por dados que podem ser analisados para melhorar o desempenho e sustentabilidade da produção. No entanto, a indústria tem ainda um caminho a percorrer no que toca à adoção de tecnologia. Apesar de 61% referir as aplicações cloud como úteis para recolher, analisar e reportar as suas capacidades de economia circular, a utilização pública da cloud está longe de ser universal entre fabricantes e distribuidores. De facto, apenas uma minoria dos inquiridos afirma utilizar a cloud pública para aplicações fundamentais como a cadeia de abastecimento (39%), CRM (38%), business intelligence (35%), gestão de recursos humanos (34%), ERP (32%) e payroll (29%). As organizações pretendem tirar partido das oportunidades trazidas por se tornarem mais sustentáveis, como uma melhor reputação (50%), maior eficiência energética (47%), maior resiliência empresarial (46%) e um impacto reduzido no ambiente (46%). Apesar de reconhecerem estas muitas vantagens, muitos fabricantes e distribuidores a nível global estão ainda a ter dificuldades em alcançar os benefícios em pleno. Enfrentar um mercado externo turbulento, com os desafios imediatos dos custos crescentes (72%), as disrupções na cadeia de abastecimento (71%) e as exigências em mudança dos clientes (68%), está a absorver recursos valiosos que, de outra forma, os líderes poderiam investir para preparar os seus negócios para o futuro. Para além disso, dois terços (67%) dos fabricantes e distribuidores ainda precisam de transformar as suas operações para poderem transitar para uma economia circular. Destes, 64% afirma que a transformação é uma barreira significativa e está a dificultar o seu objetivo de alcançar uma maior sustentabilidade. Encontrar colaboradores com as competências adequadas (71%) é o maior desafio, juntamente com as limitações de custos e orçamentos (68%) e a atualização das integrações e processos tecnológicos (68%). “As organizações podem ultrapassar estas barreiras com uma mentalidade inovadora. Recrutar a partir de uma pool de talentos mais ampla para integrar recursos com capacidades de dados e análises vai ajudar os fabricantes e distribuidores a ter uma visão mais ampla – o que podem resolver hoje, como podem tornar-se mais sustentáveis no futuro e onde querem estar dentro de 10 anos”, afirmou o especialista Isaac Sacolick, Presidente e Founder da StarCIO. Conclui: “com mais insights de dados à disposição, as organizações vão ser capazes de identificar os casos de utilização mais adequados para a automação e as tecnologias transformadoras, com vista a melhorar a sua eficiência de custos e libertar tempo para se focarem na necessidade premente de uma economia circular e de uma estratégia de sustentabilidade”. |