2023-10-04
A Esprinet estima um EBITDA ajustado entre 70 a 80 milhões de euros em 2023, tendo totalizado 1,905.8 milhões de euros em vendas no primeiro semestre
A primeira metade de 2023 continua a ser marcado por uma conjuntura económica adversa, motivando o declínio da procura de atualizações tecnológicas e, consequentemente, influenciando as vendas de forma significativa. Ainda assim, o relatório financeiro semestral da Esprinet revela progressos nos segmentos de oferta de elevado valor acrescentado, correspondendo a 62% do EBITDA ajustado – o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Assim, o grupo prevê que, para 2023, o EBITDA Adjusted deverá situar-se num intervalo de 70 a 80 milhões de euros. Durante o primeiro semestre do ano, as vendas resultantes de contratos com clientes da Esprinet totalizaram 1,905.8 milhões de euros, o que representa um decréscimo de -13% em comparação com os 2,178.6 milhões registados no mesmo período em 2022. Para Alessandro Cattani, CEO da Esprinet, este período consubstancia-se como “uma importante confirmação da nossa estratégia de transição para um maior volume de soluções e serviços de valor acrescentado”, tendo prosseguido “o seu processo de racionalização das linhas com menores margens de lucro, em simultâneo com a redução de combinações de produtos/clientes que consideramos não poderem ser estruturalmente capazes de gerar o retorno adequado sobre o capital investido”. A Esprinet atingiu o maior número de vendas em Itália, com 1.177,8 milhões de euros, verificando-se uma queda de -9% em relação à primeira metade de 2022. De acordo com dados do Context, este mercado de distribuição caiu 3% devido ao desempenho negativo das vendas na área de consumo (-7% nos primeiros seis meses de 2023, dos quais -1% no primeiro trimestre e -4% no segundo trimestre). Segue-se Espanha, onde o grupo Esprinet registou vendas de 652,4 milhões de euros, representando -19% face ao período homólogo do ano passado, de acordo com o relatório financeiro semestral da empresa, num mercado que melhorou 6%. O último trimestre do mercado situou-se na ordem dos +2%, o que significa um abrandamento do desempenho positivo (+8%) verificado nos primeiros três meses de 2023. Por sua vez, as vendas de Portugal cresceram em 14%, totalizando 55,8 milhões de euros neste semestre. Segundo a Esprinet, o país consolidou a sua quota num mercado onde se constatou uma queda de -5%, com -2% no primeiro trimestre e -6% no segundo. O relatório financeiro da Esprinet demonstrou ainda que as vendas de outros países da União Europeia (UE) foram de 10.4 milhões de euros, menos 32% em relação à primeira metade do ano. As vendas de outros países não pertencentes à UE cresceram 1%, com 9.4 milhões de euros. “Estamos satisfeitos com a forma como as Soluções e os Serviços passaram a representar mais de 60% do EBITDA Adj. e como a margem de produto continuou a crescer: dois aspetos que confirmam a correta execução desta estratégia”, afirma Cattani. “As ações para reconduzir o fundo de maneio a níveis habituais continuaram com a redução relevante da NFP. Infelizmente, estamos a enfrentar um mercado em contração e a perda de volumes associada não foi totalmente compensada pelo aumento das margens de produto e pelas atividades de redução de custos, também sujeitas a pressões inflacionárias”. O CEO da Esprinet revela ainda as suas projeções referentes aos próximos anos da empresa: “tendo em conta que o consenso do mercado prevê uma recuperação significativa da procura em 2024, bem como a confiança no processo de reposicionamento comercial em curso, estamos confiantes de que, a médio prazo, poderemos retomar o processo de crescimento que já permitiu ao Grupo quase duplicar a sua rentabilidade operacional nos últimos cinco anos”. |