Maria Beatriz Fernandes em 2023-4-12
A Microsoft Portugal revelou os dados do estudo “Impacto Económico e Social do Ecossistema Microsoft em Portugal”, que destaca um valor económico gerado pelo seu ecossistema na ordem dos 4,9 mil milhões de euros e um crescimento de 33% no ecossistema de Parceiros - agora cerca de quatro mil em Portugal
A Microsoft Portugal anunciou os resultados do estudo “Impacto Económico e Social do Ecossistema Microsoft em Portugal”, desenvolvido pela consultora Ernest & Young (EY), com dados referentes ao último ano fiscal sobre a importância da atividade do ecossistema da empresa e o impacto, direto e indireto, para a economia nacional. “De quase cinco décadas de história da Microsoft, mais de três escreveram-se a partir de Portugal. Ao longo de mais de 30 anos, a Microsoft cresceu no país e fez espelhar a sua missão através de colaboradores, Parceiros e clientes”, afirma Andres Ortolá, diretor geral da Microsoft Portugal. Com o objetivo de abordar os desafios empresariais e de inovação de forma abrangente, a grande tecnológica está organizada em nove áreas globais de negócio e quatro segmentos transversais – grandes empresas e Parceiros empresariais; setor público (Governo, Central, Local e Educação); PME e Canal de Parceiros; e nativos digitais e startups. EmpreenderAtentando no impacto económico da empresa em Portugal, o relatório diz que o valor económico anual gerado em 2021 na economia nacional – associado ao ecossistema Microsoft, através da sua atividade e produtividade gerada pelos produtos – é de 4,9 mil milhões de euros, sendo responsável por um impacto de 2,4% no PIB português. Nesse ano, 7,3% do VAB foi valor económico gerado pelas empresas do ecossistema Microsoft com atividade principal no setor das TIC. Além disso, os dados indicam que se estima que, em média, por cada euro investido em soluções Microsoft, as empresas ganham 8,8 euros, valor que varia de solução para solução. Este retorno advém de múltiplas fontes, podendo estar associado a ganhos de produtividade pela automatização de processos, redução dos riscos de segurança e dos custos de gestão e armazenamento, melhoria dos serviços prestados pela integração de soluções, entre outros. “Nada disto seria possível sem os nossos Parceiros”, reitera Andrés Ortolá. Atualmente, a subsidiária portuguesa tem cerca de quatro mil Parceiros, um crescimento de 33%, entre 2018 e 2022, e cuja maioria são integradores de sistemas locais e orientados, sobretudo, para o segmento corporate. Possuem, ainda, centenas de clientes que, diariamente, priorizam as suas jornadas de transformação digital. PromoverO relatório indica que o número de colaboradores da Microsoft Portugal cresceu 265% entre 2017 e 2022, para 1.529 trabalhadores, destacando-se o segmento de Customer Experience & Success, composto maioritariamente por Engenheiros de Suporte. De acordo com as conclusões da investigação da EY, toda a atividade do ecossistema teve a capacidade de gerar mais de 28 mil postos de trabalho em Portugal, dado que engloba não só os trabalhadores contratados diretamente pela tecnológica, como trabalhadores dos Parceiros cujas funções estão diretamente relacionadas com soluções Microsoft. A filial portuguesa da big tech promoveu programas que impactaram um total de 250 startups e financiou em mais de 750 mil euros startups em créditos Azure. O diretor geral da Microsoft Portugal afirma que “capacitar todas as pessoas e organizações no mundo para atingir é a nossa missão e ativamo-la, agora, através de quatro pilares que norteiam a nossa atividade: Empreender, Promover, Incluir e Crescer (EPIC)”. Um dos compromissos globais da Microsoft prende-se com a qualificação da população. Neste âmbito, a Global Skills Initiatives da Microsoft já capacitou mais de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 417 mil em Portugal. Nesta vertente, é de destacar a criação do Centro de Educadores, que inclui o programa Microsoft Educator, dedicado à formação de professores, que, através do aumento das competências dos professores, pretende potenciar os impactos na aprendizagem dos alunos. No relatório, a empresa diz que o seu contributo “para o desenvolvimento económico e social do país é relevante. Além de um contributo claro na criação de emprego, maioritariamente qualificado, tem estado em todas as fases de aprendizagem ao longo da vida, criando e transferindo conhecimento que permite tornar mais igualitário o acesso às oportunidades de trabalho e condições de vida dignas”, afirma. IncluirO pilar “Incluir” “reflete a visão para o mundo digital guiada por princípios holísticos e humanizados de respeito, justiça, confiança e sustentabilidade”, diz o relatório. Aqui, além do papel na criação de emprego, a Microsoft Portugal aposta também na inclusão e integração de várias nacionalidades. É de notar ainda que, além da transparência e reporte de informação, a empresa assumiu o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2030 e remover todas as emissões desde a sua fundação até 2050, nota o relatório, com a energia elétrica consumida nos escritórios em Portugal a provir totalmente de fontes renováveis. Crescer“O nosso mundo está a mudar e temos uma multiplicidade de desafios para enfrentar”, refere Andres Ortolá. A Microsoft avizinha aquela que o diretor geral da subsidiária portuguesa refere como a “próxima revolução industrial”, especialmente com a implementação massificada da Inteligência Artificial (IA). Denominada pela empresa como uma “helping hand”, a big tech olha para a tecnologia que vai auxiliar os vários setores das economias mundiais a aumentar a produtividade e a alcançar mais e melhores resultados. Assim, a empresa está a desenvolver aquilo a que chama um “copiloto”; “estamos a integrar este copiloto na produtividade, nas nossas aplicações de negócio, nos produtos de segurança, e no desenvolvimento de software para os developers”, explica. “Se, por um lado, temos hoje mais recursos e tecnologias disruptivas que quebram com todos os modelos que conhecíamos até hoje, por outro, vivemos tempos marcados pela instabilidade. Precisamos de usar a tecnologia como força propulsora de uma mudança capaz de ter um impacto positivo no nosso país”, remata o diretor geral da Microsoft Portugal. |