2018-9-13

BIZ

Digital Workplace: 7 tecnologias que vão generalizar-se nos próximos 5 anos

A Gartner prevê que o reconhecimento de voz venha a ter adoção generalizada nos próximos dois anos, com seis outras tecnologias de Digital Workplace a alcançarem o estatuto de mainstream num período de dois a cinco anos.

Digital Workplace: 7 tecnologias que vão generalizar-se nos próximos 5 anos

São sete as tecnologias de Digital Workplace que, de acordo com a Gartner, devem ter adoção generalizada até 2023, com seis a recaírem no período de dois a cinco anos. A tecnologia de reconhecimento de voz deve ter adoção generalizada até 2020.

“A influência do reconhecimento de voz é verificável no dia-a-dia. Consumidores e colaboradores interagem cada vez mais com aplicações sem tocar num teclado", disse Matthew Cain, vice-presidente e analista da Gartner. "Aplicações de speach-to-text têm vindo a proliferar, devido à adoção de chatbots e assistentes pessoais virtuais (VPA) por parte das empresas empresas e à adoção por parte do consumidor de dispositivos com interações de fala, incluindo smartphones, consolas e, especificamente, altifalantes VPA".

Os chatbots e assistentes pessoais virtuais devem apresentar um forte crescimento nos próximos anos. Apesar de menos de 4% das organizações terem já implementado interfaces de conversação (incluindo chatbots), 38% das organizações já planeiam implementar ou estão ativamente a experimentar a tecnologia, de acordo com a Gartner.

"Os líderes de desenvolvimento de aplicações precisam de antecipar a sua proliferação à medida que cada vez mais pessoas e empresas fazem a transição para user interfaces conversacionais,” refere Van Baker, research vice-presidente. As empresas que ainda não começaram a implementar IA para interação com clientes e colaboradores devem começar agora, porque estes contam cada vez mais com a disponibilidade de interfaces conversacionais para lidar com questões de help desk e atendimento ao cliente. "

Apesar da principal área de aplicação dos chatbots ser o serviço ao cliente, é provável que venham a ser aplicados noutras áreas da organização. Quando usados como interface para aplicações, a forma como trabalham irá progredir de modo a que, em vez de o utilizador ter de aprender a utilizar a interface, a interface aprenda a adaptar-se ao utilizador, estimulando assim a adoção, formação, produtividade e eficiência no local de trabalho.

Entretanto, analítica aumentada e analítica pessoal estão a levar a analítica a cada vez mais colaboradores leigos, permitindo que qualquer pessoa se torne num “citizen data scientist”.

A analítica aumentada, explica a Gartner, utiliza machine learning automatizado para transformar a forma como os dados são trabalhados, consumidos e partilhados. Líderes de dados e analítica devem aceitar a analítica aumentada como parte da sua estratégia de transformação digital para disponibilizar insights mais avançads a um espetro mais alargado de utilizadores.

A Gartner prevê que, em 2020, devido maioritariamente à automação de processos de data science, os volumes de analítica avançada produzidos por citizen data scientists ultrapassem os de data scientists profissionais.

A analítica pessoal é a analítica de dados contextualmente relevantes para fornecer insights, previsões e/ou recomendações personalizadas para o benefício de usuários individuais.

"A analítica pessoal é a camada de analítica dos assitentes pessoais virtuais, a qual, até 2020, atingirá a adoção generalizada", disse Nick Ingelbrecht, research director na Gartner. "É intrinseca ao engagement dos indivíduos com a tecnologia, e à maneira como estes obtêm insights a partir de uma variedade de dados não estruturados, como fotos, interações sociais, compras, preferências e indicadores de saúde. A analítica pessoal pode existir sob a forma de assistentes pessoais virtuais, consultores financeiros e assistentes de compras”.

A Gartner prevê que a citizen data science se torne rapidamente n parte importante da maneira como viabilizamos e dimensionamos os recursos de data science em toda a organização. Também prevê que, até 2020, mais de 40% das tarefas de ciência de dados serão automatizadas, resultando num aumento da produtividade e no uso mais amplo por citizen data scientists.

Plataformas de aprendizagem adaptativa ajustam a forma como o conteúdo instrucional é apresentado aos utilizadores com base nas suas respostas ou preferências, e são usadas para otimizar a destreza digital das forças de trabalho. A tecnologia está a ganhar território a um ritmo que deverá conduzir à sua adoção mainstream nos próximos cinco anos.

"As plataformas de aprendizagem adaptativa constituem uma forma importante de apoiar e suplementar a aprendizagem no local de trabalho, mas são difíceis de implementar", adverte Glenda Morgan, research director na Gartner.

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