Camila Vidal em 2019-8-01
Os números portugueses e o caminho para a transformação digital trilhado pela Dell Technologies foram os principais assuntos apresentados pela empresa no seu Fórum de 2019
Isabel Reis (esquerda), diretora-geral de Enterprise da Dell Technologies Portugal & Spain, e Gonçalo Ferreira (direita), diretor-geral da Dell EMC Commercial Portugal
A organização contou 600 pessoas presentes no Centro de Congressos do Estoril para assistirem ao Dell Technologies Forum 2019. A essas seis centenas de participantes foram apresentados os resultados da Dell Technologies em 2018 e as tendências tecnológicas que a empresa identificou para o presente e o futuro do seu negócio. Fusão com a EMC fez o negócio crescerA junção da EMC à Dell Technologies, que resultou na Dell EMC, “tem sido um sucesso incrível”, diz Isabel Reis, diretora-geral de Enterprise da Dell Technologies Portugal & Spain. “Os resultados em Portugal cresceram dois dígitos, mais uma vez”. Isabel Reis reforça que os resultados da Dell Technologies em 2018 “ultrapassaram largamente” as suas expectativas - “não que as tivesse baixas, mas não tão altas”. A diretora-geral de Enterprise assegura que Portugal foi o país que mais cresceu na EMEA, “em 40%”. Gonçalo Ferreira, diretor-geral de Commercial, sublinha a importância deste número e atesta que Portugal é “o país da Europa Ocidental que cresce mais rápido”. Em storage, a quota de mercado da Dell em Portugal já é de 53% em 2019. O primeiro trimestre do ano também foi “muito positivo” para Portugal, e o investimento “nos países pequenos” está a compensar. “Não partir para o abandono” nos territórios de menores dimensões é uma das bandeiras da Dell, numa altura em que, dizem, outras empresas estão a fazê-lo – o que se tem tornado vantajoso para os investimentos da Dell nestes locais. Isabel Reis deixa claro que “Portugal é muito bem visto” – um “pequeno país que afinal não é assim tão pequeno”. As diferenças que fazem com que o mercado nacional se apresente como um ‘gigante’ face ao tamanho do seu território físico são, segundo a responsável, características como o facto de “termos muito bons profissionais, muita criatividade, muito conhecimento” e “os clientes serem muito bem informados”. Gonçalo Ferreira explica que para isto muito contribui o facto de se ter feito um “investimento local em especialistas” nas áreas de negócio da Dell Technologies e “o retorno desse investimento” ter sido, até agora, positivo. A capacitação dos seus recursos humanos, que leva à aproximação do negócio local da Dell EMC, corrobora a visão holística de Isabel Reis em como “o sucesso de qualquer coisa na vida tem a ver com as pessoas”. “Estarmos muito perto do cliente, trazermos valor acrescentado e não exclusivamente vender soluções” é importante e prioritário. Em Portugal, são cerca de cem pessoas a trabalhar na Dell Technologies. Sensibilização e transformação tecnológicaO Legacy of Good, projeto de responsabilidade social da Dell Technologies, mereceu destaque no encontro. Através desse programa têm vindo a desenvolver-se ações de sensibilização junto de ONG portuguesas e a nível global nas áreas dos direitos humanos e sustentabilidade. A responsabilidade social soma-se ao trabalho de inovação que a empresa apresentou no encontro. O balanço dos trabalhos da Dell, Dell EMC, Pivotal, RSA, SecureWorks, Virtualstream e VMware - sob o ‘chapéu’ da Dell Technologies -, foi apresentado no contexto das soluções de armazenamento, multi- -cloud e estratégia de Canal, enquadrando-se também as tendências de Inteligência Artificial e Internet das Coisas, Computing Power e novas competências do mercado das IT. Gonçalo Ferreira lembrou, em entrevista ao IT Channel à margem do encontro, que “a Dell é a única empresa no planeta que tem a oferta de A a Z”, e que o crescimento se deveu também, em parte, ao “desinvestimento dos concorrentes” em áreas de negócio que lhes pareciam desinteressantes ou ultrapassadas. Sublinhando o protagonismo que as soluções de cloud têm no ecossistema tecnológico global, o diretor- -geral de Commercial da Dell Technologies Portugal não deixa de referir que “só se fala na cloud, mas para ela existir é preciso hardware” e essa aposta na infraestrutura vai continuar a ser um elemento chave na estratégia da empresa. |