2017-3-14

BIZ

Data Centers representarão mais de 50% das instalações das organizações

A Schneider Electric e a IDC Portugal colocaram em análise, no seu mais recente estudo conjunto, os desafios da transformação digital e as principais tendências dos data centers em Portugal

Data Centers representarão mais de 50% das instalações das organizações

O estudo, que auscultou mais de 100 empresas, concluiu que atualmente os data centers representam mais de 30% das instalações de muitos fornecedores de serviços e startups. Esta percentagem revela um crescimento significativo da importância do data center que, em 2010, representava apenas 10% do total de instalações a nível mundial. A este propósito, a IDC estima que, em 2020, representem mais de 50% do espaço - um crescimento estimado que ilustra a elevada pressão de que os data centers serão alvo nos próximos anos.

A esse cenário junta-se o facto de mais de 60% das empresas nacionais anteverem que a procura por data centers aumente nos próximos meses, sendo que, desse valor, cerca de 28% dos inquiridos preveem que vá aumentar significativamente. Em linha com as informações recolhidas está também a necessidade de investimento, com 57% das empresas a afirmarem que as suas despesas com data centers deverá subir nos próximos cinco anos.

“A IoT e a Transformação Digital estão a colocar uma enorme pressão nas Infraestruturas dos Centros de Dados, que hoje necessitam de ser rapidamente adaptadas às necessidades de computação. Questões como a latência e a segurança dos dados devem ser encaradas pelas organizações como pontos-chave na sua competitividade. No mercado global em que vivemos, estes temas ganham cada vez maior relevância e levam-nos a discutir modelos alternativos, sendo que, a esse respeito, os Micro Datacenters estão na linha da frente em termos eficácia de resposta”, comenta João Rodrigues, country manager da Schneider Electric.

Adicionalmente, outra das conclusões do estudo está relacionada com o funcionamento das infraestruturas. A este propósito, o estudo aponta que 40% dos problemas estejam relacionados com questões de latência, 47% com inatividade ou falha nos sistemas, 36% com largura de banda insuficiente e 28% com erros humanos. Em média, o tempo de resposta das organizações nacionais aos incidentes varia entre 15 minutos a 6 horas.

De acordo com Gabriel Coimbra, diretor-geral da IDC, “As tecnologias de informação (TI) e os Centros de Dados estão no meio de uma mudança estrutural significativa, na qual os Centros de Dados se afirmam como a fonte de computação ‘on-demand’, de capacidade de armazenamento e o maior repositório de dados. O objetivo deste estudo, para além de perceber quais as tendências desta tecnologia em Portugal, pretende perceber se as organizações possuem o conhecimento, o capital e o compromisso para desenhar, construir e operar este tipo de data centers”.

Com diversos fatores externos a impactar os data centers, a IDC identificou ainda algumas das tendências que deverão afetar as decisões das empresas nos próximos anos. A organização avança que, por exemplo, em 2018, 40% das organizações vão enfrentar incompatibilidades nas instalações e obsolescência na infraestrutura e que 8% dos novos data centers serão alimentados por energias “verdes”.

Nesse mesmo ano, a IDC aponta para que os fornecedores de serviços de cloud computing, mobilidade e IoT sejam proprietários ou explorem cerca de 30% dos ativos de TI nas localizações periféricas e nos micro data centers. A organização avança também que a curto prazo, ainda no ano de 2017, os fornecedores de infraestruturas hiper-escaláveis vão ampliar a computação e armazenamento a instalações regionais para endereçar receios sobre a soberania dos dados – um tema que ganhará cada vez mais atenção por parte das empresas e Estados.

Com a evolução da economia digital, o sucesso das organizações depende cada vez mais da utilização efetiva das tecnologias para suportar o negócio e alcançar novas fontes de diferenciação competitiva. Desta forma, o estudo das duas empresas estima que os data centers permanecerão o principal ativo da infraestrutura corporativa no decorrer dos próximos anos.

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