2016-12-22
O Facebook será alvo de uma coima no valor de 1% da sua faturação por parte da Comissão Europeia. Em causa está o processo de aquisição do WhatsApp por parte do Facebook que unificou as informações dos utilizadores de ambas as aplicações e que, de acordo com Bruxelas, não estava dentro do acordado com a CE
A Comissão Europeia trouxe agora à superfície uma questão que data a 2014. Aquando da aquisição do WhatsApp por parte do Facebook, a CE acredita que a informação passada pelo Facebook aos reguladores da União Europeia terá sido fraudulenta. Em causa está a possibilidade de as contas dos utilizadores do Facebook e do WhatsApp poderem ser associadas automaticamente, uma forma de ambas as empresas saberem uais as contas de Facebook correspondentes a cada utilizador da app de mensagens, um dado que, segundo a Comissão Europeia, terá sido omitido aos reguladores. “A Comissão assume a posição preliminar de que, ao contrário das declarações e respostas do Facebook durante a análise da fusão, a possibilidade técnica de automaticamente fazer corresponder a identificação dos utilizadores do Facebook com a identificação dos utilizadores do WhatsApp já existia em 2014”, é possível ler no comunicado emitido pela CE, que garante não ter recebido a informação correta quando da aquisição do WhatsApp em 2014. Certo é que no mês de agosto deste ano foi tornado pública a intenção da app de mensagens fzer a ligação entre os números de telefone associados aos seus utilizadores e as suas respetivas contas de Facebook, o que vem assim contrariar as informações que alegadamente foram transmitidas a Bruxelas. O Facebook tem até dia 31 de janeiro para responder aos pedidos de esclarecimento da Comissão Europeia mas, a confirmar-se o desconhecimento dos reguladores da União Europeia a esta questão, a empresa de Mark Zuckerberg terá de pagar uma coima no valor de 1% da sua faturação, que no último ano fora de 17,900 milhões de dólares. |