2022-6-22
Num evento em Lisboa com jornalistas, a Colt apresentou o seu plano para a Portugal, onde já está há 20 anos
A celebrar 20 anos de presença no mercado nacional, a Colt anunciou, num evento com jornalistas em Lisboa, que, na esteira da sua estratégia a três anos anunciada em novembro de 2020, vai continuar a reforçar o investimento em Portugal e a contratar mais pessoas. A empresa tem feito investimentos significativos no nosso país, quer em infraestruturas e rede para ajudar as empresas portuguesas a concretizarem os seus processos de transformação digital e internacionalização dos seus negócios, quer em pessoas. Neste sentido, está em marcha uma campanha de recrutamento para reforçar a equipa e permitir que a subsidiária portuguesa chegue ao fim do ano com 140 colaboradores. A empresa está presente há 20 anos em Portugal e, neste período, já investiu mais de 50 milhões de euros em infraestrutura e outros 50 milhões de euros em pessoas. O reforço do investimento da Colt em Portugal tem em conta a posição estratégica do país no contexto da expansão da conectividade entre a Europa, a América Latina, a América do Norte, a África e a Ásia, quer através da ampliação das rotas da sua rede terrestre, quer do potencial disponibilizado pelos cabos submarinos que aterram em Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos. Com duas redes de área metropolitana (MAN – Lisboa e Porto) em Portugal, 830 km de rede de fibra ótica, 1.700km adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando mais de 777 edifícios, 12 centros de dados, a Colt prossegue a sua estratégia de crescimento em Portugal ligando mais oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia. A empresa está também a avaliar neste momento a possibilidade de realizar novos investimentos na criação de mais rotas entre Portugal e Espanha, assim como de novas ligações em Portugal, nomeadamente em Sines e nas restantes zonas de amarração dos cabos submarinos. A aceleração da transformação digital e o aumento do trabalho remoto provocados pela pandemia, bem como a emergência dos novos modelos de trabalho híbrido no pós-pandemia e as mudanças decorrentes da guerra na Ucrânia, transformaram os serviços de rede num fator ainda mais crítico para o funcionamento diário das empresas em todo o mundo. Entre as tecnologias que garantem o funcionamento destes serviços destacam-se os cabos submarinos que ligam continentes e países e que já são responsáveis por 99% do trafego global. “Os cabos submarinos são a espinha dorsal da infraestrutura global de comunicações. Atualmente existem mais de 400 cabos submarinos em serviço em todo o mundo e até 2025 serão 445. Portugal detém uma posição única no contexto do desenvolvimento das comunicações a nível mundial: beneficia de uma posição geográfica estratégica com os seus cinco centros de amarração (Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos) de cabos submarinos que ligam a Europa à África e às Américas, e possui inúmeras rotas de comunicações terrestres que permitem e potenciam as ligações da Península Ibérica ao Norte da Europa. Temos, por isso, um papel fulcral a desempenhar na diversificação da conectividade e no que diz respeito a evitar a saturação das redes. Além disso, o nosso país é uma verdadeira porta de entrada para a Europa, uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores”, afirma Carlos Jesus, Country Manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt. A capacidade de Portugal no que toca aos cabos submarinos que ligam a Europa à África e às Américas irá aumentar significativamente nos próximos anos. Ao novo Ellalink já em funcionamento, irão juntar-se mais três novos cabos: o Equiano da Google, o 2Africa do Facebook e o Medusa da AFR-IX. O que, segundo aquele responsável da Colt, “representa um importante reforço do poder do hub de conectividade português. Acresce que nos últimos anos em Portugal os investimentos em infraestrutura de banda larga e na transformação digital têm sido muito intensos e a economia digital nos últimos dez anos registou uma evolução sem precedentes. Fatores que se conjugam para estarmos perante uma oportunidade única para fomentarmos o investimento em centros de dados, serviços de cloud e de edge computing – as tecnologias do futuro, em Portugal. A Colt está atenta a esta evolução e a equacionar a possibilidade de fazer novos investimentos nas zonas de amarração portuguesas”. Visando fortalecer a sua presença em Portugal e na Península Ibérica, bem como ampliar o poder do seu hub de conectividade português à escala mundial, a Colt fez no ano passado investimentos muito importantes na sua rede de comunicações reforçando-a com mais 600kms adicionais de fibra entre Portugal e Madrid, com a criação de novas ligações entre Madrid, Paris, Toulouse e Marselha (mais de 2.400km), que potenciaram uma ligação direta entre Lisboa/Porto/Bilbao/ e entre Lisboa/Madrid/Toulouse/Marselha através dos Pirenéus. A capacidade das ligações com o Norte da Europa e destas com os EUA foi novamente potenciada este ano com a implementação de um novo PoP no Data Center BX1 da Equinix em Bordéus. Uma ligação vital no contexto da instalação do novo cabo transatlântico de fibra ótica de nova geração, o "AMITIE" - uma nova porta de entrada para o tráfego de dados entre os EUA e a Europa. A Colt escolheu também a ligação Lisboa/Madrid para implementar, pela primeira vez, uma tecnologia única da Ciena, que duplica a capacidade de transmissão dos dados na rede de fibra óptica. O que vem sublinhar a importância que a empresa atribui às suas operações na Península Ibérica, nomeadamente em Portugal. “Esta decisão é ainda mais relevante se tivermos em conta que a Colt foi o primeiro operador do mundo a implementar a tecnologia 800 G na banda L da rede terrestre, utilizando o controlador de domínio Reconfigurable Line System (RLS) da Ciena, e o Manage, Control and Plan (MCP) da Ciena na sua rede ótica, e o primeiro fornecedor de telecomunicações a oferecer serviços 100G/400G Wave, devidamente comprovados, utilizando tecnologia coerente e líder de mercado nas duas bandas C+L”, conclui Carlos Jesus. |