2021-7-30
A demanda de Chromebooks a nível mundial teve um crescimento de 75% no segundo trimestre de 2021, consideravelmente superior às restantes categorias do mercado de PC
Com o mercado de PC em ascensão, os vendedores de Chromebooks duplicaram os seus investimentos na categoria e assistiram a um forte crescimento. Novos dados da Canalys indicam que o mercado global de PC voltou a crescer no segundo trimestre, com as remessas a chegarem a 10% para 121,7 milhões de unidades, e os Chromebooks a permanecem em destaque. “O sucesso dos Chromebooks está a provar ser extremamente resiliente”, afirma Brian Lynch, Analista de Investigação da Canalys, com “a tendência de crescimento exponencial a estender-se muito além do auge da pandemia, porque consolidaram uma posição saudável em todos os segmentos de utilizadores finais do setor”. A venda de Chromebooks está a superar as restantes categorias e produtos da indústria, registando um crescimento anual de 75% e um volume de vendas de 11,9 milhões de unidades e a HP permanece no topo da pirâmide com 4,3 milhões de unidades vendidas no segundo trimestre, um crescimento de 116%. A Lenovo sobe para o segundo lugar com 2,6 milhões de unidades, um aumento de 82% em relação ao ano anterior. A Acer garantiu uma posição entre os três vencedores, com um crescimento de 83%, com mais de 1,8 milhões de unidades vendidas. O Top 5 é concluído pela Dell e a Samsung, com a primeira a sofrer um declínio de remessas. "Mesmo com a abertura de escolas em mercados importantes como a América do Norte e a Europa Ocidental, as remessas continuam elevadas, porque os governos e os ecossistemas educacionais planeiam uma integração a longo prazo dos Chromebooks nos processos de aprendizagem digital”, explica Lynch. Com o Chrome a consolidar a sua posição sobre o espaço educacional, “o Google deve fazer grandes apostas no segmento comercial este ano”, pelo que “esperamos assistir a um grande foco em atrair negócios pequenos com serviços atualizados, como o novo nível de assinatura ‘individual’ para o Google Workspace e promoções de licenças CloudReady para reaproveitar PC antigos para implantação em Chromebooks existentes”, acrescenta Lynch. Todavia, “com a Apple a planear expandir o bem sucedido M1 para o espaço comercial e a Microsoft a lançar o Windows 11 ainda este ano, a corrida do sistema operativo do PC está definida para ser uma enorme disputa, como já não havia há muito tempo”. No mercado total de PC- desktops, notebooks e tablets -, a Lenovo reina em primeiro lugar, com um crescimento notável de 23%, com 24,7 milhões de unidades vendidas. A Apple permaneceu em segundo lugar, com um crescimento de 5% com uma remessa de 20,6 milhões de unidades. A HP registou o menor crescimento entre os principais fornecedores, com embarques de 18,6 milhões de unidades, um aumento de apenas 2,7% em relação ao ano anterior. A Dell e a Samsung compõem o restante de um top 5 inalterado do Q1. Já a demanda de tablets estabilizou, com um crescimento anual de 4% no segundo trimestre, para 39,1 milhões de unidades vendidas. “O mercado de tablets realmente pôs de lado todas as previsões de um lento declínio”, disse Himani Mukka, analista de investigação da Canalys, acrescenta que este trimestre é agora “um quinto trimestre consecutivo de crescimento anual e a indústria tem muitos motivos para estar otimista em relação ao futuro". Mukka conclui que “mesmo com a demanda do consumidor por tablets a passar por uma desaceleração inevitável nos próximos trimestres, há desenvolvimentos interessantes a serem vistos nas implantações comerciais”. A analista reforça que “a Canalys espera ver uma integração mais forte entre o tablet e o PC, permitindo transições de fluxo de trabalho mais suaves entre vários dispositivos, o que é especialmente chamativo para aqueles que operam em formas de trabalho híbridos e em mobilidade. Esse certamente será o caso para iPads e Macs, mas a introdução do Windows 11 na cloud e a sua utilização em dispositivos que podem executar o Android é um bom presságio para fornecedores de tablets, utilizadores e developers além do ecossistema da Apple”. |