Rui Damião em 2020-2-19
A divisão de computadores portáteis da Toshiba chama-se agora Dynabook. Os produtos da marca começam a aparecer no mercado nacional e a Dynabook confia nos seus Parceiros para fazer crescer a sua presença em Portugal
Luis Polo Moratilla, Diretor Comercial de B2B da Dynabook para Portugal e Espanha
A Toshiba foi das primeiras empresas a lançar computadores portáteis: o T1100 chegou ao mercado há mais de 30 anos. No entanto, a divisão de computadores portáteis sofreu uma reestruturação e acabou por ser vendida. Durante alguns anos, a Toshiba sofreu no mercado de portáteis e acabou por vender a unidade à Sharp por quatro mil milhões de yens, cerca de 36 milhões de dólares na altura do negócio. Na altura, a Toshiba era a mais recente fabricante japonesa independente a vender o seu negócio dentro da área ou a desistir do mercado. Antes, já a NEC, a Fujitsu, a Panasonic e a Vaio tinham deixado de produzir computadores num segmento que estava – e ainda está – em declínio. Deste modo, a Toshiba – que sempre teve um público leal aos seus produtos – encontrou na Sharp uma maneira de manter o seu legado. Depois de um período conturbado, a própria Sharp voltou a encontrar melhores tempos depois de ser adquirida pela Foxconn por 3,5 mil milhões de dólares em 2016 e espera, agora, voltar a colocar a divisão de computadores portáteis da Toshiba de novo na ribalta dentro do segmento. Novos produtosDesde que foi adquirida pela Sharp, e principalmente nos últimos meses de 2019, a Dynabook tem disponibilizado novos portáteis no mercado. Entre estes contam-se, por exemplo, o Portégé A30-E, o Tecra A40-E, o Satellite Pro L50-G e o Portégé X30L-G, que já chegaram ao mercado português. O leitor mais atento reconhece o nome das gamas: Portégé, Tecra e Satellite. Estas eram as principais gamas que a Toshiba comercializava. Apesar de já não se chamar Toshiba, a Dynabook optou por manter as várias gamas de sucesso que a empresa original comercializou. No futuro, é de esperar que as várias gamas sejam alargadas com novos produtos. Mesma estruturaRecentemente, a Dynabook reuniu jornalistas portugueses e espanhóis em Madrid para explicar as mudanças que existem no negócio que pertencia à Toshiba. Luis Polo Moratilla, Diretor Comercial de B2B da Dynabook para Portugal e Espanha, partilhou com o IT Channel que a Dynabook “é o mesmo produto, a mesma qualidade e a mesma equipa que tínhamos na Toshiba”. Deste modo, a estratégia para Portugal passa por “continuar a desenvolver a marca” e “crescer muito” no país, admitindo, no entanto, que o mercado nacional é competitivo e que precisa de ter presença “não só no [setor] empresarial, mas também no de consumo”. Luis Polo afirma que a chegada ao mercado de consumo pode ser feita diretamente pela marca ou através dos Parceiros, estando esta aproximação ainda em “momento de decisão”. Foco nos ParceirosO Diretor Comercial de B2B da Dynabook anunciou, também, que Portugal vai receber dois eventos no início deste ano. Os eventos destinam-se aos Parceiros e às contas da Dynabook e têm como objetivo fazer “um desenvolvimento muito importante do Canal”. “O Programa de Canal da Toshiba era dos mais fortes”, relembra Luis Polo que acrescenta que a marca vai desenvolver um novo Programa de Canal a nível pan-europeu, disponível nos mais variados países. No entanto, explica, o Canal de Parceiros terá “um peso muito importante” para as operações da Dynabook em Portugal, pelo histórico anterior. “Era uma das marcas com maior reconhecimento por parte dos Parceiros”, diz Luis Polo. “O nosso Programa de Canal é um Programa de confiança, de reconhecimento”, explica o Diretor Comercial de B2B. O Programa de Canal da Dynabook será, como referido, um Programa pan-europeu. Deste modo, não haverá grandes novidades em relação a outros países. O Canal da Dynabook terá “sinergias interessantes” com o Canal da Sharp, que serão anunciadas a seu tempo. Para além disso, os Parceiros portugueses terão o apoio de uma equipa local dedicada, baseada no país, que está em crescimento. Deste modo, a Dynabook espera fazer crescer a sua presença no país, apoiar os Parceiros e ajudar as empresas – os clientes finais – a terem os melhores produtos disponíveis para as suas necessidades. No entanto, Luis Polo partilha que a Dynabook está atualmente a trabalhar com o Canal mais tradicional, mas admite que a empresa precisa de procurar novos Parceiros rapidamente. Apesar de o Programa de Canal ser pan-europeu, a Dynabook terá autonomia local. “Isto significa que, em cada país, vamos poder ter detalhes específicos para cada mercado. Significa que Portugal terá o seu próprio Programa de Canal com o seu próprio desenvolvimento”, conclui Luis Polo.
O IT Channel viajou até Madrid a convite da Dynabook |