“As empresas que não operam a transformação do negócio desaparecerão do mercado”

A Informantem comemora este ano duas décadas de existência. Há 20 anos, a empresa operava com quatro colaboradores. Hoje são duas centenas. Em 2015 o volume de negócio foi de 22,8 milhões de euros e, este ano, a faturação deve situar-se perto dos 25 milhões, perfazendo um crescimento de cerca de 10%.

“A Informantem já é hoje um dos principais integra- dores nacionais. É uma empresa presente em três continentes, com soluções cada vez mais transversais”, indica António Trincheiras, founder e chairman da Informantem S.A. “Queremos ser uma integrador de topo na área das TI, que investe de forma coerente e sustentada e que se diferencia pela sua simplicidade interpessoal. Queremos manter uma estrutura sólida, com colaboradores altamente qualificados, ao serviço do negócio e constantemente orientados para o cliente”.

O core business da Informantem é amplo e diverso: desde a venda e manutenção de equipamentos de IT a serviços e soluções, onde se incluem outsourcing de impressão e gestão documental; business process management/ IT outsourcing e serviços de data center e de infraestrutura. Os dois últimos são uma das maiores apostas do integrador, mas não estão sozinhos: cloud (na vertente IaaS), segurança (risk management e compliance), mobilidade, managed print services (MPS), comunicações unificadas e consultoria são outras das prioridades, pela oportunidade de negócio que representam. A Informantem tem como principais Parceiros a HPE, a HP, a Cisco, a Fujitsu, a Lenovo, a Lexmark, a Microsoft e a Oracle.

Adaptação ao mercado 

Em duas décadas, muito mudou no mercado de IT. “Muitos produtos que antes eramconsiderados potenciais diferenciadores passaram em muitos casos a ser apenas commodities que não aportam valor ao cliente final”, destaca o chairman. “As empresas que não operam a transformação do negócio estão, atualmente, em dificul- dade ou simplesmente desaparecerão do mercado”. 

A própria Informantem teve de empreender esta mudança, que, segundo António Trincheiras, “não foi fácil”. A empresa transformou as dificuldades em oportunidades de negócio e reconhece que esse foi o “grande segredo”, dado que a evolução para os serviços “aporta um valor significativo às vendas e ainda proporciona receita recorrente, evitando assim os altos e baixos do mercado e garantindo a sustentabi- lidade contínua da empresa”. Sobre as  atuais especificidades do mercado das TI, o fundador da Informantem é categórico: “A constante procura por soluções cada vez mais complexas, por parte dos clientes, obrigam-nos a um esforço contínuo para garantir que estamos preparados para esses desafios”.

Segurança é prioritária para as empresas

A segurança e a proteção da informação estão hoje no topo das preocupações do tecido empresarial português. “A força e a frequência das violações de dados, bem como o aumento da complexidade das ameaças ao longo do tempo, estão a fazer com que as empresas comecem a perceber que os investimentos na proteção do seu perímetro não estão a prevenir corretamente os ataques e as perdas de dados, o que deve exigir uma nova abordagem profissional e com- petente para proteger a informação mais sensível”, sublinha António Trincheiras. A procura por soluções de segurança é, assim, “crescente” e exige, da parte dos Parceiros de IT, novas formas de serviços. “A área das tecnologias de informação parece estar a viver o seu auge. Nunca se falou tanto da sua importância para que os processos sejam executados com segurança, objetividade e visão de futuro, algo que não nos pode espantar, pois vivemos numa sociedade cada vez mais digital”.