2021-1-28
Segundo a Canalys, a Apple foi a empresa que mais smartphones vendeu no último trimestre de 2020. Já no ano inteiro, é a Samsung que se encontra no primeiro lugar do pódio
No quarto trimestre de 2020, as vendas mundiais de smartphones chegaram às 359,6 milhões de unidades, uma pequena queda de 2% em relação ao ano anterior. A Apple vendeu o seu maior número de iPhones num único trimestre, com 81,8 milhões de unidades, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. Já a Samsung ficou em segundo lugar, vendendo 62 milhões de unidades, com um declínio de 12%. A Xiaomi, a Oppo e a Vivo completaram os cinco primeiros, com cada uma a ganhar com a diminuição da Huawei (que inclui a sub-marca Honor). A Xiaomi cresceu 31% para 43,4 milhões de unidades, a Oppo cresceu 15% para 34,7 milhões de unidades, enquanto a a Vivo vendeu 32,1 milhões de unidades para um crescimento de 14%. A Huawei (incluindo a Honor) ficou em sexto lugar no quarto trimestre de 2020 com 32 milhões de smartphones vendidos. É a primeira vez em seis anos que fica fora dos cinco maiores fornecedores globais de smartphones.
Nota: as percentagens podem não somar a 100% devido a arredondamentos. Contabilizando todo o ano de 2020, a Samsung manteve a posição de líder global, com 20% do mercado global, a Apple ficou em segundo lugar e a Huawei (e Honor) permaneceu nos três primeiros. “O iPhone 12 é um sucesso”, disse o analista da Canalys Vincent Thielke. “A Apple está melhor posicionada do que os seus concorrentes no 5G, sendo fortemente direcionada para mercados desenvolvidos e canais de vendas de operadoras móveis. Mas também fez movimentos inteligentes nos bastidores para impulsionar as suas vendas e lucros. A omissão de um cabo de alimentação na caixa de retalho do iPhone, o que reduz o peso e o tamanho, está a tornar a logística significativamente mais eficiente, ainda que exista um custo elevado contínuo do transporte aéreo devido à pandemia. A empresa também implementou iniciativas de crescimento centradas em canais para clientes PME, que aumentaram a procura por toda a sua gama de iPhones”.
Nota: as percentagens podem não somar a 100% devido a arredondamentos. “A Huawei recuou dramaticamente na maioria dos mercados como resultado das sanções americanas”, explicou a analista de pesquisa da Canalys, Amber Liu. “A sua decisão de alienar a Honor, no entanto, pode ser vital, já que a Honor não está sujeita às mesmas restrições e o fornecimento de componentes está a ser retomado. Apesar disso, a Honor tem um desafio colossal pela frente. É preciso redefinir a marca, desde a demografia jovem até ao mercado premium e de massa. É necessário estender a gama de produtos para comparar com a amplitude da Huawei. E o mais importante, precisa entrar novamente em canais que já estão a assinar acordos de vários anos com concorrentes. Por exemplo, em canais críticos como operadoras de rede europeias, o processo de integração do fornecedor pode levar mais de seis meses. Por esse motivo, não se espera que a Honor retome uma participação substancial de mercado a curto prazo”. “A segunda onda de COVID-19 teve um grande impacto, mas ao contrário da primeira, a indústria estava preparada para o impacto”, referiu o analista sénior da Canalys, Ben Stanton. “A capacidade de atendimento online já foi dimensionada, os fornecedores têm experiência em eventos de lançamento virtual e reuniões de Canal importantes, como análises de gama de dispositivos, são realizadas confortavelmente num ambiente virtual. E, em alguns casos, os smartphones estão a ser comprados para ajudar no trabalho em casa e na aprendizagem remota. A introdução das vacinas COVID-19 também está a aumentar a confiança das empresas para 2021, permitindo-lhes planear e investir. Daqui para frente, haverá óbvios efeitos económicos em cascata à medida que o estímulo do governo se esvai e há preocupações constantes em torno de novas variantes do vírus. No geral, porém, o sentimento na indústria é positivo, e 2021 verá a recuperação do mercado de smartphones após uma queda de 7% em 2020”. |