2017-1-10
A Yahoo inc. vai desaparecer após a venda à Verizon, (se ela se concretizar) e o que resta vai chamar-se Altaba. Marissa Mayer sai.
Marissa Mayer não conseguiu reverter a queda de relevância da Yahoo face ao Google
O destino da Yahoo, o único pioneiro sobrevivente da Internet, está desde meados de 2016 encalhado após uma série de escândalos relacionados com roubo de dados de mais de mil milhões de utilizadores.
A anunciada venda ao gigante norte-americano de telecomunicações Verizon está aparentemente em stand by, ou talvez não: a Yahoo acabou de emitir um comunicado onde revela algumas das suas intenções após venda:
“Na sequência do anúncio da venda pendente do negócio operacional da Yahoo à Verizon, o conselho de administração tomou decisões relativamente à dimensão e composição do conselho após a conclusão da venda”
As decisões passam por dispensar a CEO Marissa Mayer e outros membros da administração, que possivelmente não vai deixar boa memória nos acionistas, porque encontrou uma empresa com problemas e agravou-os com aquisições que não produziram resultados.
Assim, a venda por apenas 4,6 mil milhões à Verizon (ou menos), acaba por saber a liquidação quando comparado com a oferta de aquisição feita pela Microsoft em plena crise financeira, no valor de 44,6 mil milhões de dólares.
Enquanto a Yahoo inc. passa a Altaba, para gerir ativos dispersos, do qual o mais valioso é a participação de 15% no Alibaba e a participação minoritária na saudável Yahoo Japão, a marca Yahoo e os seus serviços associados continuarão a existir dentro da Verizon, isto se não ocorrer mais nenhum incidente até à concretização da venda.
Em Portugal, e na generalidade dos países europeus onde a Yahoo nunca esteve presente diretamente, o numero de utilizadores é pouco relevante. Mas não é o que se passa em outros mercados externos que foram uma aposta estratégica como o Reino Unido, o Japão ou o Brasil.
A Verizon nunca divulgou o que pensa fazer com os serviços da Yahoo, onde se incluem sites muito populares como o Flickr, seguramente vai mante-los mas é provável que foque os esforços onde dispõe de base de clientes de telecomunicações, como os próprios Estados Unidos e latina américa, especialmente o Brasil onde detêm várias participações em operadores de telecom e onde comprou recentemente o popular portal AOL