Gabriel Longo, Secure Power & Field Services Portugal Sales Manager da Schneider Electric em 2022-11-21
À medida que o mundo se torna mais automatizado e digital, o setor dos data centers (DC) está a crescer rapidamente para o poder suportar
Como resultado, o consumo de energia e a sustentabilidade ambiental entram cada vez mais na figura. Os operadores de DC estão a assumir compromissos de sustentabilidade como parte dos seus programas ESG; contudo, existem outros fatores que permitem reportar o progresso de sustentabilidade. É importante usar um conjunto padrão de métricas nos DC, sem as quais se enfrentam desafios de benchmarking – se não se utilizam as mesmas métricas, é difícil comparar desempenhos. Por outro lado, será difícil saber onde melhorar, o que priorizar e como demonstrar o progresso anual. Finalmente, se as próprias equipas de uma organização de DC (design, procurement, operações das instalações...) não estiverem alinhadas, será difícil definir metas e estratégias e implementar ações reais.
Progredir nas metas de sustentabilidade ambiental enquanto setor significa adotar métricas padronizadas de medição e fazer com que sejam bem compreendidas em todo o mercado, permitindo ainda reportá-las publicamente de forma regular (semestralmente ou anualmente). Até 2007, não havia uma métrica padrão para medir a eficiência energética de um data center como um todo – até que surgiu a Power Usage Effectiveness (PUE), que foi amplamente adotada e ajudou a impulsionar melhorias na eficiência das instalações em todo o setor. Uma pesquisa global do Uptime Institute em 2020 mostrou que a PUE média anual de grandes DC melhorou de 2.5 para 1.59, desde 2007. Para além disso, a PUE de alguns DC de web giants, como a Google ou Facebook, passou a ser baixa – cerca de 1.1. Cinco categorias de métricas que podemos utilizar para definir objetivosFelizmente, a maioria dos operadores de DC já conta com iniciativas de sustentabilidade, sejam simples ou mais avançadas. Identificámos 23 métricas de sustentabilidade que podem aplicar, dentro de cinco categorias de métricas que, em conjunto, apresentam uma abordagem holística para abordar a sustentabilidade ambiental:
Antes de incorporarem ESG na sua estratégia, as organizações devem decidir que métricas adotar e como as medir e reportar. As pressões crescentes de investidores, acionistas, clientes e colaboradores exigem uma maior transparência na comunicação do impacto ambiental das operações de DC. A transparência orientada por métricas padronizadas pode ajudar a impulsionar melhorias e adicionar valor para os stakeholders. Nem todas as empresas de DC estão no mesmo ponto da sua jornada, mas o mais importante é mesmo começar – porque o futuro está a chegar e temos de o facilitar para as gerações vindouras.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e Schneider Electric |