2017-8-28
De acordo com a Gartner, até ao final deste ano deverão ser vendidos cerca de 310 milhões de wearables em todo o mundo, um aumento de 16,7% face a 2016. Estas vendas deverão gerar lucros na ordem dos 30,5 mil milhões de dólares. Os smartwatches serão responsáveis por 9,3 mil milhões de dólares
Em 2017, a analista de mercado estima que sejam vendidos 41,5 milhões de smartwatches. A este ritmo de crescimento, prevê-se que os smartwatches sejam os grandes protagonistas do mercado de wearables já entre 2019 e 2021, além dos headsets de bluetooth. Em 2021, estima-se que as vendas de smartwatches cheguem aos 81 milhões de unidades, representando 16% do total de vendas de wearables. “Os smartwatches estão a caminhar para alcançar o maior potencial de receitas entre todos os wearables até 2021, chegando aos 17,4 mil milhões de dólares”, revela Angela McIntyre, research director, Gartner. As receitas de smartwatches deverão ser impulsionadas pelos preços médios de venda relativamente estáveis do Apple Watch. “Os preços médios de venda médios da categoria de smartwatch irão cair de 223.25 dólares em 2017 para 214.99 em 2021 à medida que a existência de mais volumes conduzirão a ligeiras reduções nos custos de fabrico e de componentes, mas as marcas mais fortes tais como a Apple e a Fóssil continuarão a manter os valores consistentes com a margem de preços dos relógios tradicionais”, salienta Angela McIntyre. Mercado de smartwatches dividido entre quatro tipo de providers A Apple continuará uma quota de mercado maior do que qualquer outro fabricante de smartwatches, prevê a Gartner. Contudo, à medida que mais providers entram no mercado, a quota de mercado da Apple deverá decrescer cerca de um terço em 2016 para um quarto em 2021. O anúncio de um novo Apple Watch que se espera que seja lançado em setembro e que deverá permitir conetividade celular para interações com a Siri, envio de mensagens de texto ou transferir dados de sensores sem o smartphone ou quando não há Wi-Fi. Marcas como a Asus, Huawei, LG, Samsung e Sony deverão apenas vender 15% dos smartwatches em 2021 pois, segundo a Gartner, os seus equipamentos não estão associados a marcas fortes e apelativas de lifestyle para tecnologias pessoais. Os smartphones para crianças, bem como as marcas tradicionais de relógios deverão também ter uma boa performance . A Gartner espera que os smartwatches de criança venham a representar 30% do total de unidades vendidas de smartwatches em 2021. Dispositivos para RV e RA ainda numa fase prematura O tipo de dispositivos que podem ser colocados diretamente na cabeça dos utilizadores (head-mounted displays), cuja utilização está fortemente ligada à realidade virtual (RV) e aumentada (RA), deverão representar apenas 7% de todos os wearables vendidos este ano. Apenas deverão atingir uma adoção generalizada entre clientes domésticos e industriais em 2021. “A baixa adoção atual pela generalidade dos consumidores mostra que o mercado ainda está numa fase pouco madura, não que exista uma falta de potencial a longo prazo”, reforça Angela McIntyre. As oportunidades a longo prazo para dispositivos de realidade virtual entre os consumidores estão no gaming. No mercado de trabalho e stes dispositivos também terão uma utilização, nomeadamente em tarefas como reparação, inspeção e manutenção de equipamentos, mas também em armazéns e fabrico, design, interação com clientes, entre outras. |