2015-9-08
O êxito do Surface Pro 3, da Microsoft, tem impulsionado este segmento, que está em plena ascensão, segundo a consultora Strategy Analytics. A chegada do iPad Pro e a aposta em novos tablets dois-em-um por parte de fabricantes como a Acer e a Lenovo deverão contribuir ainda mais o aumento das vendas
O sucesso do Surface Pro 3, da Microsoft, abriu caminho à afirmação do tablet como dispositivo de produtividade.
Os tablets com ecrãs a partir das 11 polegadas estão a ganhar cada vez mais terreno e as vendas deste tipo de dispositivos deverão crescer 185% este ano, segundo as previsões da Strategy Analytics. E o crescimento deverá continuar, sobretudo à medida que as empresas transformam os seus processos internos de negócio, substituindo os PCs por tablets de grande dimensão, que se assumem como dispositivos de produtividade. E se este é um segmento até agora impulsionado pelo Surface 3, a chegada de outros fabricantes, onde além da Apple se incluem os de PCs, como a Acer, a Asus e a Lenovo, promete alavancar ainda mais as vendas dos tablets dois-em-um. A consultora estima, por isso, que em 2019 as vendas de tablets com 11 ou mais polegadas dupliquem, totalizando as 19,3 milhões de unidades vendidas, o que se traduzirá em 7% de quota de mercado. Eric Smith, analista sénior da Strategy Analytics, diz que “a fronteira que separa os PCs e os tablets está a diminuir a cada dia que passa. Os principais fabricantes estão a explorar os limites dos três principais sistemas operativos e as configurações de hardware, para transformar o tablet num dispositivo de criação de conteúdo. A ultra-portabilidade e a versatilidade dos dois-em-um e dos tablets Premium, como o Surface Pro 3 e o iPad Pro, permitirão aos tablets introduzir-se em novos segmentos de mercado, como a saúde, o retalho ou a educação”. Peter King, diretor da Strategy Analytics, explica que “está a produzir-se uma mudança nos tamanhos de ecrã dos tablets, para possibilitar novas formas de utilização” e que o êxito dos Surface, o Pro 3 e o 3, este último mais acessível do ponto de vista do preço, “abriu as portas deste mercado aos fabricantes tradicionais de PCs, que podem disponibilizar tablets Windows com grande tamanho de ecrã para competir no mercado da substituição do PC. Além do mais, os tablets dois-em-um ganharam quota de mercado à medida que os custos diminuíram, permitindo a chegada de modelos Windows de 10 e 11 polegadas de gama média e baixa”. |