Venda de wearables deverão crescer 20% este ano

O IDC Worldwide Quarterly Wearable Device Tracker estima que este mercado verificará uma taxa de crescimento homóloga na ordem dos 20,3%, atingindo as 213,6 milhões de unidades vendidas em 2020.

"Ao contrário dos smartphones, que albergam múltiplas tecnologias num único equipamento, o mercado de wearables é uma colecção de equipamentos díspares", afirma  Jitesh Ubrani, senior research analyst, IDC Mobile Device Trackers. "Os relógios e as pulseiras são sempre populares, mas o mercado irá claramente beneficiar de fatores emergentes adicionais, como a roupa ou os óculos, que trarão novas capacidades e experiências. Os óculos têm um foco claro sobre as empresas, uma vez que se posicionam como um complemento ou um substituto dos atuais equipamentos computadorizados, essencialmente voltados para trabalhadores que estejam diretamente no terreno ou em chão de fábrica. Entretanto, a roupa irá incidir no consumidor, oferecendo a possibilidade de captura de novas formas de dados descritivos ou prescritos".

Também a conectividade celular e as aplicações estão ajudar os wearables na sua trajectória de crescimento, segundo a IDC.

"A conetividade celular essencialmente não obriga o wearable a estar associado ao smartphone", sublinha  Ramon T. Llamas, research manager do Programa de Wearables da IDC. "A conectividade celular de um wearabe pode transmitir e receber dados, incluindo o tempo, a localização, e outros dados sobre o utilizador e o seu ambiente circundante".

Desta forma, o mercado de wearables poderá tornar-se também numa oportunidade para os fabricantes, uma vez que o facto de incorporarem aplicações aumenta também o seu valor e utilidade e à medida que os consumidores se tornam mais exigentes com a utilidade dos wearables.

"As aplicações de notícias, meteorologia, desporto, social media e Internet of Things (IoT) terão todas lugar nos wearables. E, quando combinados com a conectividade celular, os utilizadores não terão de verificar o seu smartphone para ter a mais recente informação. Tudo o que irão necessitar será de olhar para o seu wearable", indica Ramon T. Llamas.

Smartwatches deverão liderar vendas

Os smartwatches lideram, com a previsão de alcançarem uma subida de 41% de unidades comercializadas em 2016, para 52,1% em 2020. Contudo, a IDC refere que embora hoje os smartwatches sejam populares, no futuro os utilizadores irão preferir os relógios básicos que facultam monitorizações de fintess, do sono, entre outros. Neste segmento espera-se que até fabricantes  voltados para a moda, como a Fossil, e a Fitbit tirem vantagem desta oportunidade e alavanquem o crescimento deste segmento.

Logo de seguida, nesta trajetória de crescimento, encontram-se as pulseiras, que continuarão a manter o seu core e a produzir em grande número, tanto em mercados de baixa gama, onde lidera a Xiaomi, como em gamas mais altas, lideradas pela Fitbit. No entanto, com os smartwatches a mudarem o seu rumo e a direcionarem-se para o fintess e bem estar, esta será uma batalha prevista pela IDC.

Em termos de unidades comercializadas, os óculos (eyewear) será outro dos segmentos dominantes, seguido pelas roupas inteligentes.