Samsung limita bateria de smartphones Note 7

A Samsung irá limitar a bateria de smartphones Galaxy Note 7 sul-coreanos para 60% da sua capacidade, na sequência do apelo à devolução dos dispositivos devido à explosão de várias unidades durante e após o carregamento da bateria.

O anúncio que comunica esta decisão foi publicado na primeira página do jornal JoongAng Daily, segundo o qual, o update será aplicado após o dia 20 de setembro. A Associated Press reportou que um anúncio similar apareceu na primeira página do jornal Seoul Shinmun.

O prospecto da limitação da bateria parece ter provocado utilizadores que não decidiram ainda devolver os seus dispositivos. No entanto, ainda não foi confirmado se  seré aplicado noutros países um update semelhante.

O recall de Galaxy Note 7 defeituosos afeta atualmente 2.5 milhões de dispositivos. No Reino Unido, a Samsung propôs substituir os telemóveis a partir de 19 de setembro, solicitando aos utilizadores que contactem os retalhistas ou operadoras onde aquiriram o equipamento em questão.

Foram entretanto reportados mais casos de explosões nos últimos dias. O New York Post relata que uma criança de seis anos em Brooklyn terá ficado queimada após um dispositivo ter explodido nas suas mãos. O menino foi hospitalizado, mas já teve alta. Na Flórida, também um homem alega que o seu telemóvel explodiu enquanto carregava no seu jipe, incendeando o veículo. Nathan Dornacher, entrevistado pela Fox News, afirma que o incidente resultou na destruição do veículo.

“Manter a bateria a um máximo de 60% e um update over-the-air para resolver um problema de hardware não será aceitável para a maioria dos utilizadores, e a concorrência da Samsung irá beneficiar enormemente da resultante comparação de vida de bateria", afirma Chris Jones, especialista da Canalys. “A maioria dos utilizadores irá querer ver-se livre do dispositivo o mais cedo possível, se não o tiverem já feito".

“Eu não diria que é a melhor solução”,  acrescenta Will Stophega, IDC. “Não se quer de todo limitar a funcionalidade”.

Um porta-voz da Samsung afirmou que a empresa tem trabalhado “intensivamente” para garantir que a qualidade das baterias esteja agora assegurada.

 “Após uma inspeção minunciosa, estamos agora confiantes que o problema da bacteria foi comletamente resolvido nos dispositivos substitutos que irão chegar brevemente à Europa”.